Com fundos quase infindáveis, o AS Monaco quer tornar-se rapidamente uma potência a nível mundial. No entanto, joga numa liga que não tem o mediatismo de outras ligas (inglesa e espanhola, principalmente) e este ano a equipa não participa na Liga dos Campeões. Para já, a abordagem ao mercado tem sido no sentido de conseguir jogadores de Top seja a que custo for. Falcao, James Rodríguez, Moutinho e Carvalho já estão garantidos e mais virão.
O que proponho neste texto é mostrar que havia outras hipóteses com custos mais baixos que tornariam a equipa competitiva no mercado interno e só a necessitar de alguns ajustes para mais tarde (num prazo de 2/3 anos) ser capaz de discutir fases avançadas das competições europeias.
Começando pela equipa que findou a época
Mónaco contra o Tours (último jogo da época) Algumas alterações face ao 11 base, mas sistema mantém-se |
Joga em 4-4-2 (4-4-1-1), com extremos criativo (Nabil Dirar, Ferreira-Carrasco), duplo pivô constituído por um jogar mais posicional/defensivo (Mendy) e um jogador de organização/transição (Obbadi) e na frente um PL fixo (Touré) e um segundo-avançado móvel (Germain).
Passando às abordagens ao mercado, vou enumerar 3. Não refletem todas as possibilidades naturalmente, mas opções que os diretores desportivos em conjunto com os treinadores podem tomar.
1. Mercado Interno
Tem um lado desportivo interessante pois todos os jogadores conhecem o campeonato e os treinadores têm um maior tempo de observação. Por outro lado, tem a vertente estratégica: anula a competição. A ideia passa por retirar os melhores jogadores às equipas concorrentes. Poderia passar por:
Jogadores da Ligue 1, maioritariamente franceses. Entre eles contam-se 57 golos (G) e 62 assistências (A) só em jogos da Liga. |
2. Descidas
Havendo muito talento, é natural que alguns jogadores de grande nível acabem por estar incluídos em equipas que descem de divisão. Com o objetivo de reduzir custos com pessoal e não ter profissionais desmotivados, é natural estas equipas venderem os seus jogadores a preços relativamente baixos. Olhando apenas às descidas das ligas alemã, italiana, inglesa e espanhola, temos:
Aproveitamento das descidas. Naturalmente, que estatisticamente é uma equipa pior, não se traduzindo diretamente numa menor qualidade dos jogadores: 23G, 26A. |
3. Mercados Baratos
Ainda dentro do mercado europeu e de topo, há 2 mercados interessantes que têm preços relativamente baixos e têm sido inclusive aproveitados por outras ligas (inglesa e ucraniana, principalmente). Falo da Liga Holandesa e da Espanhola (fora as equipas da CL). Talento não falta, uma seleção possível é:
Ligas Espanhola e Holandesa. Muito talento a preço razoável. 68G, 61A. Impressionante estatisticamente, principalmente os 4 da frente (59G, 46A). |
Nota: Não fiz um trabalho muito grande de pesquisa e observação. Obviamente que quanto maior o tempo despendido nestas 2 tarefas maiores seriam as probabilidades de descobrir talento a preços ainda mais baixos. Outra coisa que importa esclarecer é que este texto cinge-se ao mercado europeu, havendo muitos jogadores capazes e que representariam um bom investimento noutros mercados, nomeadamente o sul e centro americano. Por último, em cada abordagem ao mercado foram escolhidos apenas 11 jogadores. Naturalmente, muitos ficaram de fora e podiam muito bem fazer parte. Não é por não estarem nestas propostas que acho que não teriam qualidade para estarem.
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