Noutros jogos já alinharam em diferentes tácticas (de acordo com o site transfermarkt), nomeadamente em 4-3-1-2 e 3-5-2. O 4-3-1-2 parece-me o mais interessante. Beausejour não acrescenta muita qualidade a nível técnico, apesar de ser um jogador rápido e que cumpre defensivamente. Trocar Vargas para a ala e jogar com um falso PL (ou um MO e 2 avançados declarados), seja ele Matías ou Valdivia parece mais interessante. E cria espaço para mais um médio, coisa que não falta a esta selecção: Arturo Vidal, Carlos Carmona, David Pizarro, Bryan Rabello e Felipe Gutiérrez são algumas das opções.
2. Golo: paciência e velocidade misturadas. Jogar de um lado, atrair o adversário, atacar no outro.
3. Jogada de perigo: Muita alternância entre o passe curto e longo, entre passe e drible, tal como já se tinha visto no lance do golo.
4. Riscos: 2 jogadas de perigo causadas por problemas na saída de bola curta. González é um problema para o Chile!
Algumas coisas que ficaram por dizer:
ResponderEliminarO treinador é Jorge Sampaoli, argentino, ex-treinador da "U" do Chile. Tinha na sua equipa alguns jogadores desta selecção: Mena, González, Díaz, Aránguiz e Vargas no onze. Em 2 anos na "U" ganhou 2 Aperturas, 1 Clausura e 1 Sudamericana (equivalente da CONMEBOL à Liga Europa da UEFA).
As músicas dos vídeos:
Discotique - Love Dub
http://www.youtube.com/watch?v=3B_Fnj42rXM
Joris Delacroix e Nancy - Take your time (Live Version)
http://www.youtube.com/watch?v=1xwfo47WUN0
Tülpa e Mr FijiWiji - Sentient
http://www.youtube.com/watch?v=J6nOLCm-r40
O que eu mais gosto no Chile é o seu sistema defensivo e a forma como o Sampaolli não tem problemas em utilizar o Medel como "central" apesar de medir menos de 1,80m de altura... o que ele ganha é algo que pouco se valoriza em Portugal: segurança na saída de bola.
ResponderEliminarNa prática, o Chile joga com apenas um central, o González. Isto deveria servir de reflexão para muito treinador em Portugal...
Parabéns pelo trabalho!
Ah! Apenas mais uma coisa. Essa questão que colocaste no risco e nos erros do González, acho que devemos dar mais mérito à forma como a Inglaterra percebeu como poderia dificultar mais a vida ao Chile do que propriamente ao chileno.
ResponderEliminarNoutra perspectiva, o teu segundo vídeo do "riscos" evidencia uma coisa que eu já há muito tempo saliento ser importante para muitas equipas: ter um central canhoto. Repara no tempo que o González perde a dominar a bola, a colocar no melhor pe´, a ver que não tem linha de passe com ele, a dar meia-volta e despachar para a frente... com um canhoto ali teria logo linha de passe.
Eu gosto muito de ver o Chile a jogar. Já contra a Colômbia tinha os visto e fiquei bastante agradado (a segunda parte foi oferecida à Colômbia pelo árbitro). Se puderes ver, vê. ;)
Fico é a imaginar o que seria um Chile contra um Dortmund utilizando uma pressão alta, em grande intensidade de jogo e equipa bastante compacta. A Inglaterra não foi advrsário à altura do Chile. Não só estavam a experimentar jogadores, como os processos da selcção inglesa estão longe de estar consolidados...
Um bom exercício seria também ver em como a Inglaterra poderia evoluir.
Resposta longa seria um texto novo, por isso, segue a resposta curta:
Eliminar1. O Chile tem uma proposta muito interessante de jogo, mas assume demasiados riscos. 3 jogadores na zona da bola e o resto tudo na frente, funciona quando as outras equipas não têm modelos com pressão alta bem trabalhada. Contra um Dortmund, como dizes, o mais provável é não terem hipóteses nenhumas. Vê o golo do Hulk. A jogada é exactamente igual a esses 2 lances de risco. Fecham as outras linhas de passe ao González, ele arrisca, a equipa perde a bola. Óscar não falha a recepção, nem o passe e Hulk não falha o remate.
2. O problema do González não é ser destro, de todo. Se tivesse a orientação correcta, tinha linhas de passe seguras para Díaz e Medel.
3. A Inglaterra estava a experimentar jogadores, mas este Chile também tem pouca a ver com o da qualificação: Pizarro, Carmona, Vidal e Valdivia estavam de fora e podem muito bem ser os titulares. É um meio-campo inteiro diferente. Dá uma dimensão muito diferente à equipa. Principalmente o Vidal. Mas sim, queria ver a equipa em outros jogos, em losango ou no 4-3-3 mas com falso PL acho que era mais interessante. Sai Beausejour, entra mais um médio. Pode tirar verticalidade, mas dá mais posse em zonas mais afastadas da sua baliza.
4. A Inglaterra pode evoluir trabalhando melhor a pressão e a posse. Para tudo o resto tem qualidade individual suficiente. Abordei o onze no texto anterior, não quis perder tempo a abordar o modelo. Em termos de sistema, 4-2-3-1 (com Rooney a "10" seria 4-4-2) ou losango seriam boas opções.
Gosto muito da proposta de jogo deles.
ResponderEliminarMas também acho que corre muitos riscos na primeira fase de construção. Muito pouca gente. No mundial contra equipas de qualidade técnica e táctica assinalável vai ser a morte.
Aquele central chileno a receber daquela forma é medonho.
Depois dá para ver que não tem os melhores executantes, caso contrário poderia facilmente ter feito muitos golos.
Abraço
Executantes bons até tem, mas não jogaram neste jogo: Vidal (Juventus), Carmona (Atalanta), Pizarro (Fiorentina), Valdivia (Palmeiras), Fernandez (Dinamo Zagreb/Leverkusen), A.Henriquez (Saragoça/Man Utd), Rabello (Sevilha), Gutierrez (Twente),... Dá para fazer um onze muito bom (juntamente com alguns dos que jogaram). Para mim, os piores deste onze são o Beausejour e o central e são fáceis de trocar.
EliminarTêm alguns bons princípios: só um pivô na saída de bola; quando central sai a jogar, pivô ocupa o lugar; muitos apoios (se calhar mais pela quantidade de jogadores na frente do que pela qualidade do modelo),... Mas falta ali muita coisa, principalmente a nível defensivo (muito HxH, pouca preparação da transição defensiva em organização ofensiva,...)
Gostava que também tivesses focado nessas dificuldades nos vídeos. Acho que vou colocar isso no blogue, a parte mais defensiva.
ResponderEliminarAbraço
Não falei da parte defensiva, porque não estava mesmo a olhar para isso. Em termos de modelo teórico do que acho ser a melhor solução já tenho uma ideia muito aproximada. Queria agora perceber melhor o ataque. E equipas de Sampaoli, Bielsa, mesmo o Tata são boas para isso. Depois também quero ver o Dortmund com mais atenção. Conseguir tanta velocidade/verticalidade com tão pouco risco (relativo) é uma coisa que ainda não consigo entender muito bem.
EliminarComo aprendo com as vossas conversas! Parabéns pelo excelente trabalho! Avante
EliminarPedro Jorge
Boas!
EliminarObrigado pelo elogio!
Cumprimentos!