segunda-feira, 27 de maio de 2013

Porto e Benfica - Parte 2 - Deficiências nos Plantéis

Os plantéis não eram assim tão diferentes. Muitas e boas opções em certas posições, poucas e de qualidade questionável noutras. Importa agora identificar os problemas e corrigi-los.

Porto

Danilo e Alex Sandro fizeram a época toda. Quando Alex Sandro teve de ficar de fora, Mangala aproveitou e foi ganhando espaço no onze do Porto. Quiño, nunca foi opção. É jovem e terá o seu tempo, tal como Alex Sandro quando Alvaro Pereira estava no plantel. Se na próxima época, for solução, é menos um problema. Senão, tem que ser resolvido. Já no caso de Danilo, poderia ser Maicon a fazer o seu lugar. Fez na época passada (ou há duas?!) o lugar de lateral direito, ainda que não tenha feito grandes exibições. Este problema tem mesmo que ser resolvido. Na equipa B há David Bruno. Tem 21 anos. Ou serve para a equipa A agora ou dificilmente alguma vez irá servir. É altura de tomar decisões.

Na frente, mais 2 problemas. Os 2 colombianos: James e Jackson. James era o único elemento criativo no plantel. Principalmente numa liga que se domina, é mau estar dependente de um jogador para inventar soluções (porque os adversários baixam muito as linhas). Na equipa B cresce Tozé, mas não teve oportunidades na equipa principal (sem ser o jogo com o Sporting). Agora chegam Tiago Rodrigues e Carlos Eduardo, mas James já saiu. Pelo menos 3 jogadores seria importante. Sejam estes ou outros entretanto comprados. Jackson foi durante grande parte da época, o único ponta-de-lança (Kléber e Lièdson quase nunca contaram). Outra época assim para o colombiano é muito penosa. Dellatorre foi o mais utilizado na equipa B, mas não brilhou muito; Vion parece estar com dificuldades na transição júnior-sénior; Sebá só tem sido opção como extremo e Caballero apesar de chegar rotulado de craque também não se conseguiu impor (tem tempo para isso, diga-se). Nos júniores há ainda Gonçalo Paciência, mais forte fisicamente que as outras opções e André Silva muito móvel e também capaz de jogar nas alas. O futuro destes 2 deve passar pela equipa B, mas se não for contratado ninguém, não seriam soluções a descartar.

Benfica

Tal como o Porto, um dos problemas são as laterais. Maxi Pereira tem muitos erros e por vezes, André Almeida é solução de recurso (como suplente é muito bom, até pela polivalência, mas para titular do Benfica pede-se melhor) e Melgarejo tem algumas dificuldades defensivas (natural para quem só jogou neste posição esta época). Pelo menos um titular para a lateral direita e um suplente para a esquerda deviam ser considerados. Na equipa B jogam João Cancelo e Lionel Carole. Podiam ser suplentes, mas é difícil vê-los a curto prazo como titulares do Benfica. Principalmente para lateral direito faria sentido pensar numa contratação.

O outro grande problema do Benfica são os médios. Matic e Enzo fizeram a época toda. No banco, Martins e Aimar lutavam contra lesões e permanentes condições físicas inadequadas. Em Janeiro saiu Bruno César que podia ser opção para o lugar de Enzo, deixando ainda mais descurada essa posição. André Gomes está em crescimento, mas ainda não é opção para a equipa principal. André Almeida pode ser considerado para o lugar de Matic, mas está longe de ter a qualidade ofensiva de Matic (ou mesmo a capacidade física de Javi Garcia). Na B, há Leandro Pimenta e Diogo Rosado. Leandro já tem alguns anos de sénior, mas ainda não teve grande afirmação. Diogo Rosado seria uma opção a experimentar na pré-época. Também Miguel Rosa poderia jogar no meio-campo, apesar ter jogado quase sempre como extremo na B. Djuricic já está contratado, mas deverá jogar mais à frente. Ainda assim, será uma boa opção para os jogos mais difíceis (em que o Benfica precisa de se aproximar de um 4-3-3, como no jogo com o Porto). Para trinco, acho aconselhável o recurso ao mercado.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Carlos Eduardo no Porto

02.10.2011 - Chamou-me à atenção quando vi Manoel na altura no Penafiel, agora no Braga B.

19.01.2012 - Voltou a despertar o interesse quando o Estoril jogou com o Porto para a Taça da Liga.

17.08.2013 - Pedia a titularidade dele no lugar de João Coimbra.

Segundo consta, chega hoje ao Porto. É um grande salto e nem todos são capazes. Veremos como reage.


PS: De maneira alguma este é um texto para me auto-congratular. É só para mostrar que é um jogador que já vem chamando a atenção e que não apareceu do nada.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Porto e Benfica - Parte 1 - Notas do Jogo

Onzes Iniciais

Porto: Helton (1); Danilo (2), Alex Sandro (26), Otamendi (30), Mangala (22); Fernando (25), Moutinho (8), Lucho (3); James (10), Varela (17) e Jackson (9)
Benfica: Artur (1); Maxi (14), A. Almeida (34), Luisão (4), Garay (24); Matic (21), Salvio (18), Enzo (35), Gaitán (20), Ola John (15); Lima (11)
FCP: 4-3-3, com James muito central, Porto fica com 4 médios
SLB: 4-1-4-1, Gaitán na linha de Perez em O.D. e na linha de Lima em transição
ataque-defesa (que não aconteceu muitas vezes)

André Almeida livre e Matic vs James

Quando o Porto estava em organização ofensiva, James procurava o meio, zona de Matic e André Almeida ficava livre (Ola John ocupava-se das subidas de Danilo e houve pouca presença nessas zonas de Moutinho e Lucho). James pouco inspirado e nas proximidades do (possivelmente) jogador do ano da Liga, não resultou bem para o Porto. Por vezes, o colombiano procurou espaços mais recuados, mas não é solução para o Porto tirar o jogador mais criativo (o único criativo?) da proximidade da área.

Fernando sozinho

Com o 3-vs-4 no meio-campo (conto com James como médio), sobrava espaço para Fernando e o brasileiro aproveitou em alguns momentos. Não resultou em golo, mas criou perigo. Se no lugar de Fernando estivesse alguém com a qualidade ofensiva de Matic, não sei se não podia ter dado em goleada.

Momentos Finais

FCP: 4-1-3-2, provoca o 1-vs-1 no ataque
SLB: Mantém a disposição inicial

Porto em 4-1-3-2, Benfica ganha superioridade no meio-campo mas fica em 1vs1 na defesa. Logo a seguir à entrada de Liedson, James tem a melhor oportunidade do jogo (ainda que tenha partido em fora-de-jogo). Além de já não ter superioridade numérica na defesa, no Benfica já estava Roderick como pivô. Na minha opinião, era aconselhável descer Roderick para junto de Garay e Luisão e recuar Matic para pivô à frente da defesa. Afinal, não era intenção do Benfica dominar o meio-campo. Tinha como problema entregar muito espaço do campo a Aimar em organização defensiva, mas isso podia ser resolvido com os extremos a jogarem mais interiores ou mesmo com Aimar numa ala (afinal só tinha que segurar a bola em situação ofensiva e ter um posicionamento correto defensivamente).

Almeida com Varela; Luisão com Jackson; Garay seguiu Liedson; Maxi com Kelvin e Roderick com James
1-vs-1 arriscado

Estratégia de Jorge Jesus

É fácil criticar Jorge Jesus por ter jogado para o empate, seria ainda mais fácil criticá-lo se tivesse jogado para ganhar o jogo e tivesse perdido. Principalmente porque seria o resultado mais natural. É muito difícil o modelo de jogo de JJ jogar contra o modelo de VP. O risco e desequilíbrio usual nos jogos do Benfica, resulta bem contra equipas com pouca organização defensiva. Contra equipas mais evoluídas torna-se muito complicado. JJ tenta corrigir com a presença de Gaitán no meio-campo, mas a equipa não está rotinada para um jogo com uma intensidade totalmente diferente. Nos jogos "fáceis", o Benfica não precisa da organização ofensiva. Ataca continuamente em transições porque tem sempre a bola. Nos jogos "difíceis" tem que acrescentar mais um momento ao jogo. E não domina esse momento.

Fala quem sabe. Vítor Pereira no final do jogo:
«O Porto tem um modelo de jogo bem definido. Gosta de ter posse e de dominar. Basta ver os registos. Quando perdemos a bola, somos agressivos. É a nossa matriz. A do Benfica é diferente, não digo se melhor ou pior. Tem qualidade e joga em acelerações constantes. Contra adversários que não têm qualidade para ter bola, parte o jogo e cria grandes problemas. Nós tiramos essa iniciativa e contra nós o Benfica corre muito mais atrás da bola. Procuram mais as bolas longas porque em espaços curtos têm dificuldades. Contra as outras equipas isso não sucede. Contra nós o Benfica não consegue ser o que gosta de ser.»

Manual Defensivo

O Benfica em organização e o Porto nas transições ataque-defesa foram sublimes. Se o jogo teve poucas ocasiões de golo, muito se deveu ao grande trabalho de ambos os treinadores.

domingo, 12 de maio de 2013

Equipas B - Palavras de Rui Vitória

Sobre a possível descida de divisão da equipa B:


A percepção de que a equipa B não tem como objectivo ganhar títulos ou ter muitas vitórias ainda não está generalizada. Rui Vitória já percebeu que o mais importante é aproveitar ao máximo os jogadores e este Vitória de Guimarães, principalmente por força das circunstâncias, fez isso mesmo. Foram muitos os jogadores que tiveram utilização em ambas as equipas. Acima de tudo, são muitos os jogadores que têm possibilidades de vir a ser opção para a equipa principal num futuro próximo.

 PS: Falarei do Porto-Benfica de ontem mais tarde

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Football, Bloody Hell...

Seria o nome deste blogue caso fosse escrito em inglês.


Fica na história e termina a carreira com mais uma vitória. Um dos grandes do futebol, Sir Alex Ferguson.