domingo, 6 de novembro de 2011

Liga Portuguesa: Olhanense (0) - Porto (0) - Notas

Este texto já vem tarde, mas não tive muita disponibilidade para o escrever antes e havia algumas coisas que não queria deixar passar.

Mexer
Não falei nele no texto que escrevi sobre Ismaily e errei. Pode não ser jogador para um grande, mas parece ser jogador para equipas melhores. Fez uma boa exibição, mesmo actuando fora de posição (ainda que James Rodriguez quase não tenha participado no jogo).

Salvador Agra
Dos jogadores que estiveram em campo, é o mais próximo do que se costuma chamar de jogador "à Porto" e não joga de azul e branco. Por vezes, mais importante do que a qualidade, é a integração nos ideais da equipa (por exemplo: Ibrahimovic/Pedro Rodriguez no Barcelona). Assim, era interessante ver como se saía no Porto. Até porque margem de progressão não lhe falta.

Porto/Vítor Pereira
O Porto tem jogado mal, mas continua em 1º na Liga (empatado com o Benfica) e ainda pode passar à fase seguinte da Liga dos Campeões. Em comparação com o final da época passada, a qualidade é desastrosa. Mas, comparando ao início da época, não sei se será assim tão diferente. Na altura, o Porto jogava a Liga Europa (o grupo era Besiktas, Rapid Vienna e CSKA Sófia; muito mais fraco do que o actual grupo da LC) e era 1º na Liga fruto de um desastroso início de temporada dos seus mais directos rivais (Benfica em 4 jogos perde 3 e Sporting em 7 ganha 2). Logo, a pressão de jogar bem e apresentar resultados não estava tão patente (ainda por cima Hulk e Falcao estavam em excelente forma e carregavam a equipa). Agora, até se põe a hipótese de despedir o treinador. Para além da discussão sobre o benefício ou não de mudar o treinador nesta altura, a minha questão é: quem seria esse treinador? Quem é que neste momento está sem equipa e tem qualidade para fazer um melhor trabalho do que Vítor Pereira? Ou quem está disposto a sair para o Porto (obviamente, ainda com o critério qualitativo)?

Olhanense/Daúto Faquirá
É verdade que a equipa estava muito bem organizada na defesa e muitos defenderão que uma equipa que sabe de antemão que não tem qualidade para lutar com outra de igual para igual, não o deve fazer, remetendo-se a defender e aproveitar ao máximo possíveis contra-ataques. Antes de mais, compreendo, mas não concordo. Acho que uma equipa se deve apoiar em ideais e não os deve contrariar porque o adversário é teoricamente mais forte. Mas esse nem é o problema. O problema é o (não-)golo aos 2 minutos. Maurício faz falta sobre Kléber, Hulk bate o penálti e falha. Mas e se tivesse marcado? Daúto Faquirá fez a sua equipa entrar em campo sem um avançado/ponta-de-lança, com 2 extremos abertos e com 3 médios de contenção. Se tivesse sido golo, ficaria contente a "defender" uma derrota por 1-0? Não me parece. Fazia uma substituição aos 2 minutos para dar mais capacidade atacante à equipa? Pouco provável...

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