segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Observação: Chile

1. Onze (vs Inglaterra)
Noutros jogos já alinharam em diferentes tácticas (de acordo com o site transfermarkt), nomeadamente em 4-3-1-2 e 3-5-2. O 4-3-1-2 parece-me o mais interessante. Beausejour não acrescenta muita qualidade a nível técnico, apesar de ser um jogador rápido e que cumpre defensivamente. Trocar Vargas para a ala e jogar com um falso PL (ou um MO e 2 avançados declarados), seja ele Matías ou Valdivia parece mais interessante. E cria espaço para mais um médio, coisa que não falta a esta selecção: Arturo Vidal, Carlos Carmona, David Pizarro, Bryan Rabello e Felipe Gutiérrez são algumas das opções.

2. Golo: paciência e velocidade misturadas. Jogar de um lado, atrair o adversário, atacar no outro.


3. Jogada de perigo: Muita alternância entre o passe curto e longo, entre passe e drible, tal como já se tinha visto no lance do golo.


4. Riscos: 2 jogadas de perigo causadas por problemas na saída de bola curta. González é um problema para o Chile!

10 comentários:

  1. Algumas coisas que ficaram por dizer:
    O treinador é Jorge Sampaoli, argentino, ex-treinador da "U" do Chile. Tinha na sua equipa alguns jogadores desta selecção: Mena, González, Díaz, Aránguiz e Vargas no onze. Em 2 anos na "U" ganhou 2 Aperturas, 1 Clausura e 1 Sudamericana (equivalente da CONMEBOL à Liga Europa da UEFA).

    As músicas dos vídeos:
    Discotique - Love Dub
    http://www.youtube.com/watch?v=3B_Fnj42rXM

    Joris Delacroix e Nancy - Take your time (Live Version)
    http://www.youtube.com/watch?v=1xwfo47WUN0

    Tülpa e Mr FijiWiji - Sentient
    http://www.youtube.com/watch?v=J6nOLCm-r40

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  2. O que eu mais gosto no Chile é o seu sistema defensivo e a forma como o Sampaolli não tem problemas em utilizar o Medel como "central" apesar de medir menos de 1,80m de altura... o que ele ganha é algo que pouco se valoriza em Portugal: segurança na saída de bola.

    Na prática, o Chile joga com apenas um central, o González. Isto deveria servir de reflexão para muito treinador em Portugal...

    Parabéns pelo trabalho!

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  3. Ah! Apenas mais uma coisa. Essa questão que colocaste no risco e nos erros do González, acho que devemos dar mais mérito à forma como a Inglaterra percebeu como poderia dificultar mais a vida ao Chile do que propriamente ao chileno.

    Noutra perspectiva, o teu segundo vídeo do "riscos" evidencia uma coisa que eu já há muito tempo saliento ser importante para muitas equipas: ter um central canhoto. Repara no tempo que o González perde a dominar a bola, a colocar no melhor pe´, a ver que não tem linha de passe com ele, a dar meia-volta e despachar para a frente... com um canhoto ali teria logo linha de passe.

    Eu gosto muito de ver o Chile a jogar. Já contra a Colômbia tinha os visto e fiquei bastante agradado (a segunda parte foi oferecida à Colômbia pelo árbitro). Se puderes ver, vê. ;)

    Fico é a imaginar o que seria um Chile contra um Dortmund utilizando uma pressão alta, em grande intensidade de jogo e equipa bastante compacta. A Inglaterra não foi advrsário à altura do Chile. Não só estavam a experimentar jogadores, como os processos da selcção inglesa estão longe de estar consolidados...

    Um bom exercício seria também ver em como a Inglaterra poderia evoluir.

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    1. Resposta longa seria um texto novo, por isso, segue a resposta curta:

      1. O Chile tem uma proposta muito interessante de jogo, mas assume demasiados riscos. 3 jogadores na zona da bola e o resto tudo na frente, funciona quando as outras equipas não têm modelos com pressão alta bem trabalhada. Contra um Dortmund, como dizes, o mais provável é não terem hipóteses nenhumas. Vê o golo do Hulk. A jogada é exactamente igual a esses 2 lances de risco. Fecham as outras linhas de passe ao González, ele arrisca, a equipa perde a bola. Óscar não falha a recepção, nem o passe e Hulk não falha o remate.

      2. O problema do González não é ser destro, de todo. Se tivesse a orientação correcta, tinha linhas de passe seguras para Díaz e Medel.

      3. A Inglaterra estava a experimentar jogadores, mas este Chile também tem pouca a ver com o da qualificação: Pizarro, Carmona, Vidal e Valdivia estavam de fora e podem muito bem ser os titulares. É um meio-campo inteiro diferente. Dá uma dimensão muito diferente à equipa. Principalmente o Vidal. Mas sim, queria ver a equipa em outros jogos, em losango ou no 4-3-3 mas com falso PL acho que era mais interessante. Sai Beausejour, entra mais um médio. Pode tirar verticalidade, mas dá mais posse em zonas mais afastadas da sua baliza.

      4. A Inglaterra pode evoluir trabalhando melhor a pressão e a posse. Para tudo o resto tem qualidade individual suficiente. Abordei o onze no texto anterior, não quis perder tempo a abordar o modelo. Em termos de sistema, 4-2-3-1 (com Rooney a "10" seria 4-4-2) ou losango seriam boas opções.

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  4. Gosto muito da proposta de jogo deles.
    Mas também acho que corre muitos riscos na primeira fase de construção. Muito pouca gente. No mundial contra equipas de qualidade técnica e táctica assinalável vai ser a morte.
    Aquele central chileno a receber daquela forma é medonho.
    Depois dá para ver que não tem os melhores executantes, caso contrário poderia facilmente ter feito muitos golos.
    Abraço

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    1. Executantes bons até tem, mas não jogaram neste jogo: Vidal (Juventus), Carmona (Atalanta), Pizarro (Fiorentina), Valdivia (Palmeiras), Fernandez (Dinamo Zagreb/Leverkusen), A.Henriquez (Saragoça/Man Utd), Rabello (Sevilha), Gutierrez (Twente),... Dá para fazer um onze muito bom (juntamente com alguns dos que jogaram). Para mim, os piores deste onze são o Beausejour e o central e são fáceis de trocar.

      Têm alguns bons princípios: só um pivô na saída de bola; quando central sai a jogar, pivô ocupa o lugar; muitos apoios (se calhar mais pela quantidade de jogadores na frente do que pela qualidade do modelo),... Mas falta ali muita coisa, principalmente a nível defensivo (muito HxH, pouca preparação da transição defensiva em organização ofensiva,...)

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  5. Gostava que também tivesses focado nessas dificuldades nos vídeos. Acho que vou colocar isso no blogue, a parte mais defensiva.
    Abraço

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    1. Não falei da parte defensiva, porque não estava mesmo a olhar para isso. Em termos de modelo teórico do que acho ser a melhor solução já tenho uma ideia muito aproximada. Queria agora perceber melhor o ataque. E equipas de Sampaoli, Bielsa, mesmo o Tata são boas para isso. Depois também quero ver o Dortmund com mais atenção. Conseguir tanta velocidade/verticalidade com tão pouco risco (relativo) é uma coisa que ainda não consigo entender muito bem.

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    2. Como aprendo com as vossas conversas! Parabéns pelo excelente trabalho! Avante

      Pedro Jorge

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    3. Boas!

      Obrigado pelo elogio!

      Cumprimentos!

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