Defour entra, Moutinho sai
Ao minuto 75, Vítor Pereira trocou Moutinho por Defour. Esta troca não traria nada de novo, não fosse o belga encostar-se à ala, jogando James Rodriguez no meio e mais próximo de Jackson. Observando a posição média dos jogadores do Porto entre o minuto 75 e 90 (figura em baixo), percebe-se essa intenção.
Posição média entre o minuto 75 e 90 dos jogadores do Porto no encontro com o Dínamo de Kiev |
Pode ter sido somente uma reacção à situação em que se encontrava o jogo, mas também pode ser do interesse de Vítor Pereira repescar este desenho tático noutros jogos.
Vantagem
A principal vantagem é a melhor dispersão dos médios pelo campo, isto é, tem James no seu melhor lugar em campo e jogadores de transição em posições laterais que permitem construir jogo sem o afunilar demasiado cedo (normalmente com James a divagar entre a ala e o centro, o lado direito fica manco e obriga a "fechar" muito o jogo).
Poderia funcionar um pouco ao estilo do 4-4-2 com que Jesus foi campeão: Defour/Danilo a fazerem de Ramires (maiores preocupações de organização) e Atsu/Alex Sandro a fazerem de Di Maria (maiores preocupações na criação de desequilíbrios).
Poderia funcionar um pouco ao estilo do 4-4-2 com que Jesus foi campeão: Defour/Danilo a fazerem de Ramires (maiores preocupações de organização) e Atsu/Alex Sandro a fazerem de Di Maria (maiores preocupações na criação de desequilíbrios).
Desvantagem
É difícil incluir Lucho e Moutinho neste desenho tático. Têm sido peças fulcrais do clube, mas não vejo como seria possível escolher ambos os jogadores para o onze inicial neste desenho. Para a posição que ocupam só há uma possibilidade (a que no diagrama é ocupada por Lucho, número 3), visto que nenhum deles se destaca na ala ou como pivô defensivo.
Veremos o que Vítor Pereira faz, mas para jogos mais complicados (LC, Benfica, Braga, Sporting) podia ser uma boa solução. Mesmo que não o seja nos 90 minutos, pode ser utilizado em certas situações, tal como neste jogo.