sexta-feira, 30 de março de 2012

Benfica vs Braga - Antevisão

Vou fazer uma breve antevisão do grande jogo deste fim-de-semana. Não decide nada, mas é um jogo muito importante para o desfecho do campeonato.

Benfica
Ausências
Aimar, Emerson, Garay e Jardel
Onze Inicial
Jorge Jesus deve apostar num 4-4-2 (/4-2-4) com Artur, Maxi Pereira, Luisão, Miguel Vítor, Capdevilla, Javi Garcia, Witsel, Gaitán, Nolito, Rodrigo e Cardozo.
Alternativas
Tendo em conta o calendário, alguns jogadores podem ter oportunidade. Os casos principais são: Matic no lugar de Witsel ou de Miguel Vítor (com Javi Garcia a jogar no centro da defesa), Nélson Oliveira no lugar de Cardozo, Bruno César numa das alas e mesmo Djaló e Saviola poderão ter uma oportunidade, apesar de ser pouco provável. Outra alternativa é jogar em 4-3-3 com Bruno César na posição habitualmente ocupada por Aimar ou Witsel mais avançado e Matic a fazer de "8".


Braga
Ausências
Baiano, Salino e Rúben Amorim
Onze Inicial
Leonardo Jardim deve manter-se fiel ao seu 4-2-3-1 composto por Quim, Miguel Lopes, Douglão, Nuno André Coelho, Elderson, Custódio, Hugo Viana, Alan, Mossoró, Hélder Barbosa e Lima.
Alternativas
Sem os problemas de sobrecarga de calendário que o Benfica tem, as surpresas podem estar relacionadas com a condição física de alguns jogadores, principalmente o caso de Alan (sendo substituído por Paulo César) ou com questões táticas, por exemplo, ter um meio-campo mais "defensivo" com Djamal junto a Custódio e Hugo Viana mais adiantado com Mossoró na ala. Ewerton também foi um jogador muito importante em grande parte da época, mas é pouco provável que o treinador do Braga desfaça a dupla de centrais que tem jogado bem, ainda mais quando este é o primeiro jogo de Ewerton depois da lesão.

Desenho Tático
Setas são os confrontos previsíveis e sombras são as situações indicadas no ponto seguinte


Situações a ter em conta (se se confirmarem os onzes iniciais)
1. Custódio pode ter muitas vezes a posse de bola com pouca pressão. Será uma excelente alternativa a Hugo Viana, pois é expectável que o organizador de jogo bracarense não tenha muito espaço/tempo.
2. No Benfica, o jogador que poderá ter mais bola será um dos centrais. Assim, Jorge Jesus pode ganhar alguma qualidade na transição defesa-ataque se Javi fizer parelha com Luisão.
3. O "duelo" mais interessante será Maxi Pereira vs Hélder Barbosa. Maxi Pereira é dos jogadores que cria mais perigo no Benfica, mas não se pode descuidar com o extremo português. Hélder Barbosa tem que ajudar Elderson a fechar o lado esquerdo e senão tiver essa disciplina (tática), a equipa pode sofrer muito com os ataques do seu lado. Se Alan jogar, também vai ser curioso ver como Capdevilla se comporta. Não esquecendo a mobilidade de Mossoró e Lima que têm alguma tendência a procurar jogo e dar linhas de passe nas alas.

sexta-feira, 23 de março de 2012

Liga Portuguesa: Olhanense (0) vs Benfica (0) - Notas

Onzes Iniciais
A equipa da casa jogou em 4-3-3 com Fabiano, Luís Filipe, Vasco Fernandes, Maurício e Ismaily na defesa, Fernando Alexandre como pivô defensivo, Jander e Rui Duarte nas transições (com Rui Duarte mais avançado) e Agra, Toy e Dady na frente.
O Benfica alinhou em 4-2-4 com Artur, Maxi, Luisão, Jardel e Emerson na defesa, Javi Garcia e Witsel no meio-campo e Gaitán (extremo direito), Nolito (extremo esquerdo), Nélson Oliveira e Cardozo na frente.

Primeira Parte - Meio-campo do Benfica estava controlado
Com Javi como pivô e Witsel encarregue de levar a bola para a frente e organizar jogo, com pouco apoio dos extremos, tornou-se fácil para o Olhanense controlar a zona do meio-campo. Rui Duarte e Jander "tomavam conta" de Witsel e Fernando Alexandre ficava a apoiar a defesa e a fazer dobras aos laterais (teve especial importância a defender as diagonais de Nolito e Gaitán, principalmente do primeiro).

Segunda Parte - Jorge Jesus escolhe jogar sem meio-campo a partir da expulsão de Aimar
Quando o treinador do Benfica faz entrar Aimar para o lugar de Nolito (encostando Nélson Oliveira à ala esquerda), parecia que tinha identificado o problema da equipa. No entanto, após a expulsão do argentino, decide tirar de campo o único médio com funções criativas para dar lugar a Rodrigo, que jogou a 10 durante algum tempo. Não percebi o critério. Depois trocou um defesa por mais um avançado. A equipa estava totalmente partida e só um lance de "sorte" podia dar a vitória à equipa (tal como podia dar a derrota). A minha sugestão seria a entrada de Matic para o lugar de Cardozo e Rodrigo por Nélson Oliveira. Witsel dava alguma largura na direita, ajudado por Maxi Pereira, Gaitán jogava na esquerda e Rodrigo mais solto na frente.
Quanto ao Olhanense, depois da expulsão de Aimar, tentou controlar o jogo até final, sem arriscar muito. Podia ter feito muito mais. Contra uma equipa sem meio-campo e com 1 jogador a menos, procurar ter mais posse de bola ia obrigar o Benfica a abrir espaços. A entrada de Regula poderia ter sido benéfica nesse sentido. Ainda assim, entendo que jogar com alguns jogadores que não têm ritmo de jogo pode ter influenciado a decisão do treinador.

Jander
Já tinha visto alguns vídeos dele e, apesar de Cauê estar a fazer uma grande época, sempre achei estranho que não tivesse mais hipóteses de jogar. Gostava de o ver num jogo em que tenha mais bola no pé.

Vasco Fernandes
Sempre gostei de o ver jogar, mas acho que não teve a evolução que devia. Talvez não tenha ajudado o facto de jogar num clube diferente todas as épocas e em posições diferentes. Pode ser um bom complemento a um jogador mais lento como aconteceu hoje (com Maurício). Explorar a capacidade de sair a jogar pode ser interessante.

Maxi Pereira e Witsel
Mesmo quando a equipa não está no seu melhor, esta dupla parece aguentar-se bem. São 2 peças muito importantes no Benfica. Equilibram e desequilibram.

segunda-feira, 19 de março de 2012

Golaço - Manuel Fernandes (Besiktas)



O talento é inegável e, provavelmente, só se pode culpar por não ter tido uma carreira muito melhor. Tem 26 anos, ainda vai a tempo de jogar numa equipa de top.

sexta-feira, 16 de março de 2012

Liga dos Campeões: Antevisão dos quartos-de-final

Benfica vs Chelsea - É difícil prever o que pode fazer este Chelsea com Di Matteo no comando, mas tudo indica que pode ser um confronto renhido. Benfica tem o jogo contra o Braga a meio da eliminatória. Chelsea joga antes da eliminatória contra o Tottenham e a meio contra o Aston Villa. Os jogos da Liga podem ter muita influência no desfecho. Aposto no Chelsea, mas o Benfica tem muitas hipóteses de passar.

Milan vs Barcelona - Quem tem Ibrahimovic arrisca-se a ganhar qualquer jogo, mas o conjunto catalão já faz parte do grupo de equipas que ficam na História. Milan joga contra Roma antes, contra o Catania (que está a fazer um bom campeonato) entre jogos e contra a Fiorentina depois. Não são jogos fáceis e a diferença pontual não é assim tão elevada (4 pontos para a Juventus). Barcelona mede forças com Bilbao entre os 2 jogos, mas as diferenças pontuais para o Real e para o Valencia pode não influenciar muito as escolhas de Guardiola. Aposto no Barcelona, mas (apesar de pouco provável) Ibrahimovic pode "trair" a antiga equipa.

Marselha vs Bayern - Parece tombar claramente para o lado do Bayern. Com o campeonato a pender para o lado do Dortmund, o Bayern pode apostar tudo na Champions. A antiga equipa de Lucho Gonzalez está a passar por um mau momento e conseguiu chegar a esta fase porque apanhou um Inter na mesma situação. Aposto no Bayern.

APOEL vs Real Madrid - Com uma boa vantagem na Liga e jogos não muito difíceis na vizinhança da eliminatória, o Real tem tudo para vencer facilmente esta eliminatória. Este confronto não deve ficar na história da LC como um dos mais disputados... Aposto, sem dúvida, no Real Madrid.

quinta-feira, 15 de março de 2012

Revisão das projeções para os oitavos da Liga Europa

Nota importante: A negrito as minhas apostas e não quem passou na eliminatória
 
Metalist vs Olympiacos - Passou o Metalist. Eliminatória renhida, ganha pelo desempate dos golos fora.

Sporting vs Manchester City - Passou o Sporting. Foi sofrido, mais do que precisava de ser depois da fantástica primeira parte.

Twente vs Schalke - Passou o Schalke. 1-0 para o Twente na primeira mão deixou a eliminatória em aberto e em casa os alemães não facilitaram.

Standard Liège vs Hannover - Passou o Hannover. Não se repetiram os resultados da fase de grupos e a equipa belga acabou eliminada. Tal como o Schalke, o Hannover resolveu a eliminatória em casa. Sérgio Pinto marcou um dos golos.

Valencia vs PSV - Passou o Valencia. Fez o resultado em casa e fora geriu a eliminatória.

AZ Alkmaar vs Udinese - Passou o AZ. Estava muito indeciso, mas a lesão de Di Natale dava favoritismo à equipa holandesa. O avançado voltou para a segunda mão e ainda marcou 2 golos para empatar a eliminatória. Com 10, o AZ conseguiu marcar 1 golo e passar à fase seguinte.

Atlético Madrid vs Besiktas - Passou o Atlético. 3-0 em casa e 3-1 fora. Não deixa dúvidas sobre a diferença de valores. Foi pena o Braga não ter seguido em frente no lugar da equipa de Carlos Carvalhal.

Manchester United vs Athletic Bilbao - Passou o Bilbao. Tal como previ, foi o confronto mais interessante desta fase, mas alguma displicência do United e a capacidade fantástica de ter sucesso em competições curtas deste Atlhetic de Bielsa fizeram com que falhasse a previsão.

Sucesso: 5 (Metalist, Schalke, Valencia, AZ Alkmaar e At. Madrid) em 8
Foi positivo, mas podia ter sido melhor. As eliminações das equipas de Manchester foram as maiores surpresas e o Hannover superou o que fez na fase de grupos para levar de vencida a equipa de Liège.

PS: Ia fazer uma análise ao jogo Bilbao vs Man Utd, mas Michael Cox do site Zonal Marking fez mais um excelente trabalho e pouco ia acrescentar ao que ele escreveu. Deixo só 4 notas:
1. O sistema de marcação do Bilbao é muito interessante. Não consegui perceber ao certo se é um sistema misto (acompanhamento do homem, mantendo preocupações zonais) ou se é uma marcação zonal de pressão muito alta (que leva os jogadores a alargarem a sua zona de ação).
2. Muita mobilidade por parte dos elementos atacantes de ambas as equipas. No Manchester, Giggs, Young e Rooney trocavam muito de posições; no Bilbao, De Marcos, Ander, Muniain e Toquero também. Teve mais influência na organização ofensiva do Bilbao do que do Manchester United.
3. No seguimento da nota anterior, nota-se a falta de um organizador de jogo no Man Utd. Hoje, Carrick, Park e Giggs que jogaram em zonas mais centrais nunca "pegaram" na bola.
4. Reação à posse de bola por parte dos centrais. O Man Utd procurava pressionar para não deixar o Bilbao sair a jogar e o Bilbao pressionava para impedir a transição rápida, mas quando estava organizado não parecia muito incomodado. Normalmente em organização defensiva, procurava fechar as linhas de passe para Carrick e Park.

segunda-feira, 12 de março de 2012

A importância da recuperação para o jogo de posse



O vídeo é claramente sobre a capacidade de manter a posse de bola do Barcelona. No entanto, uma das coisas que mais me chama a atenção é a capacidade de recuperar a bola imediatamente após a sua perda, ao ponto de nem fazer sentido falar em posse de bola dos adversários. Por exemplo: aos 37 segundos, a bola está no ar, o jogador do Racing cabeceia para a frente onde estão 2 colegas, mas Dani Alves é agressivo na pressão e recupera imediatamente a bola e aos 1:14, ao tentar entrar na área, há um corte para fora da área e é Puyol que imediatamente pressiona e recupera.
Apesar de se falar muito no "jogo de posse", a recuperação é das armas mais fortes desta equipa (tão ou mais forte que a manutenção da posse de bola).

Já agora, mais 2 notas:
1. A procura de oferecer sempre 2 linhas de passe ao portador da bola. Em quase todas as situações se nota isso.
2. A objectividade. Não faço ideia do resultado aquando do momento presente no vídeo, mas diria que o Barcelona já estava a ganhar por 2-0. No entanto, quando tem uma oportunidade de criar perigo, o futebol deixa de parecer a "posse pela posse", para se tornar evidente a procura do golo. É um fator que é muitas vezes confundido. A "posse pela posse" nunca permitiria que o Barcelona alcançasse os resultados desportivos que alcançou (apesar de, por vezes, ser usada para "matar" o jogo ou para "chamar" a equipa adversária).

domingo, 4 de março de 2012

Liga Portuguesa: Setúbal (1) - Sporting (0) - Notas

Desenhos Táticos
O Vitória de Setúbal fez o jogo todo num 4-3-3 híbrido. Devido à marcação ao homem, não era fácil manter o desenho e, por vezes, parecia haver uma intenção de juntar um dos extremos ou o médio mais ofensivo ao ponta-de-lança. O Sporting alinhou no seu típico 4-3-3 com 2 médios de transição.

Desenhos táticos iniciais




Na segunda parte, o desenho do Sporting alterou-se ligeiramente com as substituições, mas a maior alteração foi a "rotação" dos jogadores que estavam em campo: Elias passou para médio mais defensivo, Izmailov para o lugar de Elias, abrindo espaço para Carrillo na direita e entrando Matias para o lugar de Capel. Curiosamente, o chileno não jogou tão adiantado como seria de prever. Em relação ao Setúbal, a única alteração foi ao nível do comportamento dos extremos que deixaram de apoiar tanto o ponta-de-lança.
Desenhos táticos na 2a parte 





Marcação ao Homem
Tal como já referi, José Mota optou por uma marcação ao homem. Apesar do pouco tempo à frente do clube, foi bem entendida pelos jogadores. Diga-se que não foi muito posto à prova pelo Sporting. E é neste ponto que me confunde mais o porquê de Matias jogar tão recuado. Com Izmailov, Elias, Insua e Árias a fazerem transporte de bola, o chileno podia ficar encarregue de criar desequilíbrios. Fosse com a movimentação ou com passes para as costas da defesa. Também era interessante ver o que podia ter trazido ao jogo a introdução de um avançado móvel mais cedo (Rubio só entrou aos 76 minutos e ainda conseguiu criar o lance do penálti).

Bruno Amaro
Gosto de o ver jogar e é pena ter tido tantas lesões e ter sido tão pouco usado ao longo da sua carreira. Hoje esteve muito bem. Cumpriu nas tarefas defensivas e foi ele que marcou o golo da vitória num dos ataque que protagonizou na primeira parte.

Targino e Miguelito
É pena Targino não jogar sempre assim. Se o fizesse, certamente que estava numa equipa com outras aspirações. Apoiou Rafael Lopes no ataque, ajudou Suswam na defesa e foi uma dor de cabeça para a defesa do Sporting. Miguelito jogou mais adiantado do que o normal. Não é uma posição estranha, pois foi aí que começou a carreira. Dá mais equilíbrio à equipa e ajudou Igor a fechar o flanco direito.

Diego Capel
Começa a ser demasiado "one trick pony", isto é, só tem uma solução para as diversas situações de jogo. Procura a linha de fundo e o cruzamento. Torna-se previsível e afasta-se da equipa. Era o jogador que aumentava o ritmo da equipa, agora é o jogador que impede a equipa de jogar como um conjunto. Para o próximo jogo a solução pode/deve passar por Carrillo e Izmailov nas alas.