O Vitória de Setúbal fez o jogo todo num 4-3-3 híbrido. Devido à marcação ao homem, não era fácil manter o desenho e, por vezes, parecia haver uma intenção de juntar um dos extremos ou o médio mais ofensivo ao ponta-de-lança. O Sporting alinhou no seu típico 4-3-3 com 2 médios de transição.
Desenhos táticos iniciais |
Na segunda parte, o desenho do Sporting alterou-se ligeiramente com as substituições, mas a maior alteração foi a "rotação" dos jogadores que estavam em campo: Elias passou para médio mais defensivo, Izmailov para o lugar de Elias, abrindo espaço para Carrillo na direita e entrando Matias para o lugar de Capel. Curiosamente, o chileno não jogou tão adiantado como seria de prever. Em relação ao Setúbal, a única alteração foi ao nível do comportamento dos extremos que deixaram de apoiar tanto o ponta-de-lança.
Desenhos táticos na 2a parte |
Tal como já referi, José Mota optou por uma marcação ao homem. Apesar do pouco tempo à frente do clube, foi bem entendida pelos jogadores. Diga-se que não foi muito posto à prova pelo Sporting. E é neste ponto que me confunde mais o porquê de Matias jogar tão recuado. Com Izmailov, Elias, Insua e Árias a fazerem transporte de bola, o chileno podia ficar encarregue de criar desequilíbrios. Fosse com a movimentação ou com passes para as costas da defesa. Também era interessante ver o que podia ter trazido ao jogo a introdução de um avançado móvel mais cedo (Rubio só entrou aos 76 minutos e ainda conseguiu criar o lance do penálti).
Bruno Amaro
Gosto de o ver jogar e é pena ter tido tantas lesões e ter sido tão pouco usado ao longo da sua carreira. Hoje esteve muito bem. Cumpriu nas tarefas defensivas e foi ele que marcou o golo da vitória num dos ataque que protagonizou na primeira parte.
Targino e Miguelito
É pena Targino não jogar sempre assim. Se o fizesse, certamente que estava numa equipa com outras aspirações. Apoiou Rafael Lopes no ataque, ajudou Suswam na defesa e foi uma dor de cabeça para a defesa do Sporting. Miguelito jogou mais adiantado do que o normal. Não é uma posição estranha, pois foi aí que começou a carreira. Dá mais equilíbrio à equipa e ajudou Igor a fechar o flanco direito.
Diego Capel
Começa a ser demasiado "one trick pony", isto é, só tem uma solução para as diversas situações de jogo. Procura a linha de fundo e o cruzamento. Torna-se previsível e afasta-se da equipa. Era o jogador que aumentava o ritmo da equipa, agora é o jogador que impede a equipa de jogar como um conjunto. Para o próximo jogo a solução pode/deve passar por Carrillo e Izmailov nas alas.
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