Nome: Nathan Júnior
Data de Nascimento: 10.03.1989
Posição: Avançado
Nacionalidade: Brasil
Clube Actual: Skonto Riga
Ser o melhor marcador da liga da Letónia, vale o que vale. Avaliar um jogador por vídeos dos melhores momentos, também. No entanto, sem hipótese (e pouca vontade, diga-se) de ver jogos completos da sua actual equipa, tenho que fazer esta "análise" pelo youtube...
Destaca-se a velocidade e a técnica. Parece ser um finalizador razoável, marcando com o pé ou com a cabeça (com 1.84m não está muito limitado no jogo aéreo). Gostava de o ver num ambiente competitivo mais sério. Parece-me que nessa situação deixaria de ser um jogador tão central e passaria a ser um jogador de ala.
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
sábado, 11 de dezembro de 2010
Em Alta: Ilicic e Candreva
Nome: Josip Ilicic
Data de Nascimento: 29.01.1988
Posição: Médio Ofensivo/Segundo Avançado
Nacionalidade: Eslovénia
Clube Actual: Palermo
Como era um "desconhecido" que tinha pegado de estaca no forte ataque do Palermo, tinha vontade de vê-lo a jogar. Não me desiludiu no pouco que pude ver. Bom nas movimentações sem bola (é espectacular ver as constantes trocas posicionais de Pastore, Ilicic e Miccoli), muito bom tecnicamente, com um remate forte e muita técnica, é uma das mais valias desta equipa.
Nome: Antonio Candreva
Data de Nascimento: 28.02.1987
Posição: Médio Centro/Ala/Médio Ofensivo
Nacionalidade: Itália
Clube Actual: Parma (empréstimo da Udinese)
É bastante mais conhecido que Ilicic e já o tinha visto a jogar, mas é sempre agradável voltar a ver os bons jogadores. Lê muito bem o jogo, tem bom toque de bola e é exímio no passe. Esperava que nesta época tivesse ido para um clube com mais ambições, mas aproveita a titularidade para se mostrar.
Neste jogo (Palermo - Parma), também me chamaram a atenção: Giovinco (Parma, emprestado pela Juventus), que parece sempre um pouco alheado do jogo mas mostra pormenores fantásticos e Muñoz (Palermo), um central jovem mas que parece muito seguro e bom no passe e é já um titular indiscutível do Palermo.
actualização: vi agora o resumo do jogo e na 2a parte o Palermo virou o jogo (deixei de ver ao intervalo, quando o parma ganhava 1-0). No primeiro golo, Ilicic fez um 2-1 fantástico com Nocerino (recebeu e fez o passe de calcanhar; Pinilla marcou na recarga ao remate de Nocerino) e no terceiro fez a assistência. Pelo meio, quase marcava um golo de um ângulo bastante difícil.
Data de Nascimento: 29.01.1988
Posição: Médio Ofensivo/Segundo Avançado
Nacionalidade: Eslovénia
Clube Actual: Palermo
Como era um "desconhecido" que tinha pegado de estaca no forte ataque do Palermo, tinha vontade de vê-lo a jogar. Não me desiludiu no pouco que pude ver. Bom nas movimentações sem bola (é espectacular ver as constantes trocas posicionais de Pastore, Ilicic e Miccoli), muito bom tecnicamente, com um remate forte e muita técnica, é uma das mais valias desta equipa.
Nome: Antonio Candreva
Data de Nascimento: 28.02.1987
Posição: Médio Centro/Ala/Médio Ofensivo
Nacionalidade: Itália
Clube Actual: Parma (empréstimo da Udinese)
É bastante mais conhecido que Ilicic e já o tinha visto a jogar, mas é sempre agradável voltar a ver os bons jogadores. Lê muito bem o jogo, tem bom toque de bola e é exímio no passe. Esperava que nesta época tivesse ido para um clube com mais ambições, mas aproveita a titularidade para se mostrar.
Neste jogo (Palermo - Parma), também me chamaram a atenção: Giovinco (Parma, emprestado pela Juventus), que parece sempre um pouco alheado do jogo mas mostra pormenores fantásticos e Muñoz (Palermo), um central jovem mas que parece muito seguro e bom no passe e é já um titular indiscutível do Palermo.
actualização: vi agora o resumo do jogo e na 2a parte o Palermo virou o jogo (deixei de ver ao intervalo, quando o parma ganhava 1-0). No primeiro golo, Ilicic fez um 2-1 fantástico com Nocerino (recebeu e fez o passe de calcanhar; Pinilla marcou na recarga ao remate de Nocerino) e no terceiro fez a assistência. Pelo meio, quase marcava um golo de um ângulo bastante difícil.
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
Atenção a: Isco
Nome: Francisco "Isco" Alarcón
Data de Nascimento: 21.04.1992
Posição: Médio Atacante
Nacionalidade: Espanha
Clube Actual: Valência
Chamou-me a atenção o golo dele, marcado ao Logroñes e tentei procurar mais algumas informações sobre ele. Ainda é muito jovem e começa agora a ter oportunidades de se mostrar na equipa principal do Valência (tendo vindo do Málaga), mas já é experiente nas categorias de base da La Roja. Tem muita técnica e muita qualidade no passe. Ficam aqui 2 vídeos com alguns dos melhores momentos da sua curta carreira. Veremos como evolui.
Golo ao Logroñés
Ao serviço da selecção
terça-feira, 9 de novembro de 2010
Porto vs Benfica - Hulk vs David Luiz e Fábio Coentrão
O jogo parecia resumir-se a Hulk contra o Benfica. Pelo menos, foi assim que Jorge Jesus o imaginou. Se parasse Hulk, parava o ataque do Porto. Então, escolheu o melhor defesa para essa tarefa e adiantou o habitual dono do lugar para médio/extremo. No papel, não parece ser uma má ideia, principalmente se pensarmos que Hulk raramente desce, David Luiz gosta de apoiar o ataque e Coentrão é muito forte no 1vs1 ofensivo. Isto é, numa situação defensiva, teria o seu melhor defesa a tapar o caminho e numa situação atacante, deixava Sapunaru a defender Coentrão e David Luiz sozinho.
Acontece que, na minha opinião, falharam algumas leituras a Jorge Jesus:
1. Hulk está num fantástico momento de forma e David Luiz não parece estar no seu melhor momento. Por isso, um duelo poderia ser vantajoso para Hulk (o que se veio a verificar).
2. Porto não é só Hulk. Se muitas vezes é dele que parte o desequilíbrio, também é verdade que é ajudado pelos seus colegas. Ou seja, a movimentação de Belluschi, Falcao e Varela são determinantes para o sucesso/insucesso das suas arrancadas. Logo, se Hulk conseguir ganhar algum espaço (ou o lance), a equipa tem que se preocupar não só com a dobra, mas também com os outros jogadores (falharam claramente no golo do Varela e depois no golo de Falcao, aqui com lance de Belluschi).
3. Para Ceontrão causar perigo, o Benfica precisava de ter a bola e apostar na capacidade técnica ou de conseguir sair rapidamente para o ataque e apostar na velocidade. Não conseguiu fazer nenhuma das duas.
Concluindo:
Jesus fez-me lembrar Jesualdo, num ponto que merecia críticas dos adeptos: mudar a equipa (jogadores, mas principalmente táctica e consequente dinâmica) conforme a equipa que defronta, principalmente contra as que lhe "metiam medo". Acredito que uma equipa deve fazer pequenos ajustes tendo em conta a oposição, mas revoluções não.
Acontece que, na minha opinião, falharam algumas leituras a Jorge Jesus:
1. Hulk está num fantástico momento de forma e David Luiz não parece estar no seu melhor momento. Por isso, um duelo poderia ser vantajoso para Hulk (o que se veio a verificar).
2. Porto não é só Hulk. Se muitas vezes é dele que parte o desequilíbrio, também é verdade que é ajudado pelos seus colegas. Ou seja, a movimentação de Belluschi, Falcao e Varela são determinantes para o sucesso/insucesso das suas arrancadas. Logo, se Hulk conseguir ganhar algum espaço (ou o lance), a equipa tem que se preocupar não só com a dobra, mas também com os outros jogadores (falharam claramente no golo do Varela e depois no golo de Falcao, aqui com lance de Belluschi).
3. Para Ceontrão causar perigo, o Benfica precisava de ter a bola e apostar na capacidade técnica ou de conseguir sair rapidamente para o ataque e apostar na velocidade. Não conseguiu fazer nenhuma das duas.
Concluindo:
Jesus fez-me lembrar Jesualdo, num ponto que merecia críticas dos adeptos: mudar a equipa (jogadores, mas principalmente táctica e consequente dinâmica) conforme a equipa que defronta, principalmente contra as que lhe "metiam medo". Acredito que uma equipa deve fazer pequenos ajustes tendo em conta a oposição, mas revoluções não.
sábado, 23 de outubro de 2010
Maiorca - será a surpresa da época em Espanha?
Acaba de ganhar 2-1 ao Valência, já empatou em casa com o Real Madrid e no Camp Nou com o Barcelona.
Tive a oportunidade de ver a fase final do jogo contra o Valência e pareceu-me uma equipa muito sólida a defender. O Valência dominava o jogo, mas no último terço não conseguia encontrar espaço para concluir as jogadas.
O treinador é Michael Laudrup, que assim volta a Espanha (já esteve no Getafe como treinador), Nunes é o capitão e tem em De Guzman, Cavenaghi e Gonzalo Castro as suas principais figuras.
Assim que puder rever, irei fazê-lo para poder fazer uma análise mais detalhada.
Tive a oportunidade de ver a fase final do jogo contra o Valência e pareceu-me uma equipa muito sólida a defender. O Valência dominava o jogo, mas no último terço não conseguia encontrar espaço para concluir as jogadas.
O treinador é Michael Laudrup, que assim volta a Espanha (já esteve no Getafe como treinador), Nunes é o capitão e tem em De Guzman, Cavenaghi e Gonzalo Castro as suas principais figuras.
Assim que puder rever, irei fazê-lo para poder fazer uma análise mais detalhada.
sábado, 25 de setembro de 2010
Dortmund - a voltar ao que já foi?
Acabado de ver o jogo Dortmund - St. Pauli, fico com uma sensação muito positiva em relação à equipa do Dortmund. O ataque é muito rápido e com bom toque de bola.
O treinador relativamente jovem, Jürgen Klopp (43 anos) parece ter encontrado uma fórmula de sucesso com jogadores também eles jovens. É bom de ver esta equipa, porém ficou-me a dúvida quanto à qualidade defensiva da mesma.
Meio-Campo e Ataque:
É composto por jogadores muito interessantes. Bender (21 anos), mais posicional e com mais preocupações defensivas, Sahin (22), o senhor da batuta, Götze (18) e Grosskreutz (22) alas que também são muito fortes no jogo interior, Kagawa (21), a desequilibrar entre-linhas e Barrios (25), finalizador mas também bom de bola.
Além destes 6 jogadores, contam também com Kuba (24), extremo que joga mais na linha do que Gotze e Grosskreutz, tornando o jogo mais vertical e Lewandowski (22), também ele um bom finalizador. Não esquecendo Zidan (28) que se encontra lesionado e o capitão Kehl (30).
A rever.
O treinador relativamente jovem, Jürgen Klopp (43 anos) parece ter encontrado uma fórmula de sucesso com jogadores também eles jovens. É bom de ver esta equipa, porém ficou-me a dúvida quanto à qualidade defensiva da mesma.
Meio-Campo e Ataque:
É composto por jogadores muito interessantes. Bender (21 anos), mais posicional e com mais preocupações defensivas, Sahin (22), o senhor da batuta, Götze (18) e Grosskreutz (22) alas que também são muito fortes no jogo interior, Kagawa (21), a desequilibrar entre-linhas e Barrios (25), finalizador mas também bom de bola.
Além destes 6 jogadores, contam também com Kuba (24), extremo que joga mais na linha do que Gotze e Grosskreutz, tornando o jogo mais vertical e Lewandowski (22), também ele um bom finalizador. Não esquecendo Zidan (28) que se encontra lesionado e o capitão Kehl (30).
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sexta-feira, 17 de setembro de 2010
Equipas portuguesas e as competições europeiras - Notas
Benfica
A primeira equipa portuguesa a apresentar-se nas competições europeias, tinha pela frente uma equipa teoricamente acessível e impôs o seu jogo (ainda não bem definido). De destacar as substituições de cariz defensivo não muito habituais de Jorge Jesus. Também fica um nome para futuras observações: Gil Vermouth. Na ala não parecia fazer muita diferença, mas no meio nota-se que é um jogador com mais capacidade que o resto da sua equipa, principalmente nas decisões e qualidade de passe.
Braga
Depois das vitórias nas eliminatórias contra Celtic e Sevilha, pensava-se que o Braga podia criar problemas ao Arsenal e, quem sabe, sair de lá com pontos. Não aconteceu. Não fiquei desiludido com o Braga. Arsenal é obviamente mais forte e tem ambições muito maiores. Fiquei um pouco desiludido com Domingos. Pensei que conseguisse preparar melhor a equipa a nível defensivo. Esperam-se melhores exibições nos próximos jogos da Liga dos Campeões e que calem as más línguas inglesas no jogo em casa.
Sporting
Voltou ao esquema da pré-época no, teoricamente, jogo mais difícil desta fase da Liga Europa. Parece ser o que "cria" melhor futebol e consegue aliar o bom futebol a resultados positivos. Esperemos que mantenha a aposta nestes jogadores e não faça regressar Lièdson e Maniche ao onze inicial nos próximos jogos. Nota positiva para Torsiglieri que pareceu mais móvel do que se supunha para alguém com a sua envergadura e, obviamente, para Hazard. O Lille melhorou exponencialmente quando ele entrou em campo e o Sporting sentiu muitas dificuldades para o travar.
Porto
Tem pormenores de bom futebol (futebol de topo, por vezes), mas ainda tem que melhorar. Em muitas alturas fica a sensação que não há alternativas de passe e torna-se previsível. No entanto, tal como nos últimos jogos, jogou quanto baste para ganhar o jogo e impor o seu estilo. Ficamos à espera de melhorias, mas é bom ver que soluções não faltam, principalmente no meio-campo e nas alas. De destacar a diferença entre Fucile e Sapunaru. Fucile é muito melhor com bola e integra-se melhor nos movimentos atacantes. O estilo de jogo do Porto depende muito da envolvência de todos os seus jogadores no processo de construção de jogo e com Fucile fica a ganhar claramente.
A primeira equipa portuguesa a apresentar-se nas competições europeias, tinha pela frente uma equipa teoricamente acessível e impôs o seu jogo (ainda não bem definido). De destacar as substituições de cariz defensivo não muito habituais de Jorge Jesus. Também fica um nome para futuras observações: Gil Vermouth. Na ala não parecia fazer muita diferença, mas no meio nota-se que é um jogador com mais capacidade que o resto da sua equipa, principalmente nas decisões e qualidade de passe.
Braga
Depois das vitórias nas eliminatórias contra Celtic e Sevilha, pensava-se que o Braga podia criar problemas ao Arsenal e, quem sabe, sair de lá com pontos. Não aconteceu. Não fiquei desiludido com o Braga. Arsenal é obviamente mais forte e tem ambições muito maiores. Fiquei um pouco desiludido com Domingos. Pensei que conseguisse preparar melhor a equipa a nível defensivo. Esperam-se melhores exibições nos próximos jogos da Liga dos Campeões e que calem as más línguas inglesas no jogo em casa.
Sporting
Voltou ao esquema da pré-época no, teoricamente, jogo mais difícil desta fase da Liga Europa. Parece ser o que "cria" melhor futebol e consegue aliar o bom futebol a resultados positivos. Esperemos que mantenha a aposta nestes jogadores e não faça regressar Lièdson e Maniche ao onze inicial nos próximos jogos. Nota positiva para Torsiglieri que pareceu mais móvel do que se supunha para alguém com a sua envergadura e, obviamente, para Hazard. O Lille melhorou exponencialmente quando ele entrou em campo e o Sporting sentiu muitas dificuldades para o travar.
Porto
Tem pormenores de bom futebol (futebol de topo, por vezes), mas ainda tem que melhorar. Em muitas alturas fica a sensação que não há alternativas de passe e torna-se previsível. No entanto, tal como nos últimos jogos, jogou quanto baste para ganhar o jogo e impor o seu estilo. Ficamos à espera de melhorias, mas é bom ver que soluções não faltam, principalmente no meio-campo e nas alas. De destacar a diferença entre Fucile e Sapunaru. Fucile é muito melhor com bola e integra-se melhor nos movimentos atacantes. O estilo de jogo do Porto depende muito da envolvência de todos os seus jogadores no processo de construção de jogo e com Fucile fica a ganhar claramente.
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
Futebol é isto! - A essência
Joguem os titulares ou os suplentes, parecem todos afinados pelo mesmo diapasão e maravilham-nos sempre que jogam. É, realmente, més que un club.
As bases, tal como falei noutro post (http://futeboleisto.blogspot.com/2010/07/europeu-sub-19-portugal-vs-espanha-as.html) estão lá e devo acrescentar duas que na altura me esqueci, mas são tão ou mais importantes que as outras: movimentação sem bola e temporização (capacidade de decisão).
As bases, tal como falei noutro post (http://futeboleisto.blogspot.com/2010/07/europeu-sub-19-portugal-vs-espanha-as.html) estão lá e devo acrescentar duas que na altura me esqueci, mas são tão ou mais importantes que as outras: movimentação sem bola e temporização (capacidade de decisão).
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
Braga: Grande? - Economia e Futebol
Será que já é grande? Se não, o que lhe falta para ser?
Não vou responder a estas perguntas, até porque não sei muito bem qual a linha que separa os grandes dos outros.
Então surge outra pergunta: o Braga ganha alguma coisa em ser grande?
Em algumas coisas ganha, noutras não. Penso por exemplo, na publicidade, direitos televisivos, marketing, etc. Isto é, nos factores económicos parece ser vantajoso. Porém, pensando nos factores desportivos podemos ser levados ao reverso da medalha. Pressão, exigência de resultados, peso das derrotas (ou resultados menos positivos), entre outros, aumentam significativamente.
Tendo em conta que o Braga já nos mostrou que o factor desportivo ainda é mais forte que o factor económico, seria bom para o Braga manter-se não-grande. Obviamente que com isto não quero dizer que o Braga deva ser pequeno. Mas ficar na zona de transição entre ambos parece ser a situação ideal. Ser constantemente um outsider que retira dividendos económicos e (espera-se) futebolísticos é o melhor para esta equipa crescer. Para se ser grande com alguma estabilidade é preciso dar tempo ao tempo.
3 palavras-chave para se tornar grande: tempo (/paciência, não sendo um jogo de palavras com o nome do treinador), resultados e planificação.
Tempo para crescer com estabilidade, resultados positivos continuados (principalmente participação em competições europeias) e planificação a curto, médio e longo prazo para evitar dissabores (não sendo impossíveis de evitar, podem ser reduzidas as suas consequências ou pode ser obtida uma solução que, por exemplo, transforme uma situação negativa numa positiva e falo claramente no caso da colmatação da saída de jogadores importantes)
Ah e não me podia esquecer,
Parabéns ao Braga! E continuem a dar-nos motivos de orgulho.
Não vou responder a estas perguntas, até porque não sei muito bem qual a linha que separa os grandes dos outros.
Então surge outra pergunta: o Braga ganha alguma coisa em ser grande?
Em algumas coisas ganha, noutras não. Penso por exemplo, na publicidade, direitos televisivos, marketing, etc. Isto é, nos factores económicos parece ser vantajoso. Porém, pensando nos factores desportivos podemos ser levados ao reverso da medalha. Pressão, exigência de resultados, peso das derrotas (ou resultados menos positivos), entre outros, aumentam significativamente.
Tendo em conta que o Braga já nos mostrou que o factor desportivo ainda é mais forte que o factor económico, seria bom para o Braga manter-se não-grande. Obviamente que com isto não quero dizer que o Braga deva ser pequeno. Mas ficar na zona de transição entre ambos parece ser a situação ideal. Ser constantemente um outsider que retira dividendos económicos e (espera-se) futebolísticos é o melhor para esta equipa crescer. Para se ser grande com alguma estabilidade é preciso dar tempo ao tempo.
3 palavras-chave para se tornar grande: tempo (/paciência, não sendo um jogo de palavras com o nome do treinador), resultados e planificação.
Tempo para crescer com estabilidade, resultados positivos continuados (principalmente participação em competições europeias) e planificação a curto, médio e longo prazo para evitar dissabores (não sendo impossíveis de evitar, podem ser reduzidas as suas consequências ou pode ser obtida uma solução que, por exemplo, transforme uma situação negativa numa positiva e falo claramente no caso da colmatação da saída de jogadores importantes)
Ah e não me podia esquecer,
Parabéns ao Braga! E continuem a dar-nos motivos de orgulho.
sábado, 14 de agosto de 2010
Liga 2010/2011 - Notas 1
Braga
Sem Luís Aguiar e Mossoró apresentam algumas dificuldades nas transições ofensivas, principalmente no último passe. Destaque para a quantidade de golos conseguidos através de bolas paradas e para o aparecimento de Matheus como mais que um suplente. Agora, também ele é solução.
Porto
A equipa parece ter algumas dificuldades em assimilar o novo estilo de jogo. Não é de estranhar. Foram 4 anos a jogar de maneira totalmente diferente. A espaços vê-se o potencial para jogos de maior qualidade e intensidade, mas ainda está longe de o atingir. Não fosse o penálti e dificilmente sairia da Figueira com mais de um ponto. Mais do que o resultado, a exibição é demasiado fraca para quem quer ser campeão, mesmo sabendo as atenuantes.
Sporting e Paços
Depois de uma pré-época em que parecia ter definido uma equipa base com um sistema de jogo interessante, tudo muda. Matias volta a não funcionar como extremo, Liédson volta a ser facilmente marcado, volta a faltar Djaló a desequilibrar e Carriço como trinco não funcionou. Obviamente que a culpa não foi só do Sporting, o Paços esteve muito bem e com uma mentalidade bem distinta das últimas épocas. Agora aceita ter a bola e criar jogo, não se limita ao contra-ataque.
Porto
A equipa parece ter algumas dificuldades em assimilar o novo estilo de jogo. Não é de estranhar. Foram 4 anos a jogar de maneira totalmente diferente. A espaços vê-se o potencial para jogos de maior qualidade e intensidade, mas ainda está longe de o atingir. Não fosse o penálti e dificilmente sairia da Figueira com mais de um ponto. Mais do que o resultado, a exibição é demasiado fraca para quem quer ser campeão, mesmo sabendo as atenuantes.
Sporting e Paços
Depois de uma pré-época em que parecia ter definido uma equipa base com um sistema de jogo interessante, tudo muda. Matias volta a não funcionar como extremo, Liédson volta a ser facilmente marcado, volta a faltar Djaló a desequilibrar e Carriço como trinco não funcionou. Obviamente que a culpa não foi só do Sporting, o Paços esteve muito bem e com uma mentalidade bem distinta das últimas épocas. Agora aceita ter a bola e criar jogo, não se limita ao contra-ataque.
Em Alta: Joe Hart e Mark Albrighton
Nome: Joe Hart
Data de Nascimento: 19.04.1987
Posição: Guarda-Redes
Nacionalidade: Inglaterra
Clube Actual: Man City
Fez um jogo fenomenal frente ao Tottenham. Praticamente sozinho segurou o empate e deu muita segurança à equipa. Esta pode e deve ser a época de afirmação ao mais alto nível.
Nome: Marc Albrighton
Data de Nascimento: 18.11.1989
Posição: Extremo
Nacionalidade: Inglaterra
Clube Actual: Aston Villa
Muita velocidade, energia e criatividade. Provou que Inglaterra continua a ter bons talentos a despontar, mesmo sendo "dominada" por jogadores estrangeiros. Fica a questão: será que pode ter este rendimento em jogos que a equipa não domine tanto, isto é, vai brilhar quando a equipa precisar dele?
domingo, 1 de agosto de 2010
Atenção a: Obi e Coutinho
Nome: Joel Chukwuma Obi
Data de Nascimento: 22.05.1991
Posição: Extremo
Nacionalidade: Nigéria
Clube Actual: Inter
Nome: Philippe Coutinho
Data de Nascimento: 12.06.1992
Posição: Médio Ofensivo/Segundo-Avançado
Nacionalidade: Brasil
Clube Actual: Inter
Vi-os a jogar contra o Manchester City e fiquei bastante entusiasmado. Obi ainda não conhecia e foi uma agradável surpresa. A qualidade técnica é muito superior a qualquer ideia pré-concebida que pudesse ter. Quanto a Coutinho, pensei que não se adaptasse tão bem ao futebol europeu. Ambos criaram muitos desequilíbrios e pareciam bem integrados no novo sistema de jogo da equipa. Não será este ano que se tornarão primeiras escolhas da equipa de Rafa Benítez, mas se não forem emprestados podem-se tornar boas segundas opções. Ainda têm muito por onde melhorar, mas se atingirem o seu potencial certamente que vão dar muito que falar.
domingo, 25 de julho de 2010
Sporting e a "Síndrome de Henry"
Lembro-me da altura em que Henry saiu do Arsenal e alguns jogadores disseram que se sentiam "aliviados" por ele sair. Apesar da sua inquestionável qualidade, a equipa tinha-se tornado muito previsível por estar tão refém de um único jogador.
Vendo o Sporting sinto o mesmo. Pelo que deu à equipa, Liédson tornou-se mais importante que a equipa e todo o jogo do Sporting se tornou previsível. Anulando Liédson, anulava-se o Sporting.
Nesta pré-época, sem Liédson, Paulo Sérgio recorreu a outros jogadores. Explorou Djaló a extremo, Postiga como segundo avançado e na frente Saleiro. Djaló pode explorar a sua velocidade e técnica, Postiga fica mais livre para fazer o último passe e rematar de longe e Saleiro joga mais solto na frente e tem um jogador ao seu lado que parece entender melhor o seu estilo de jogo (Postiga). Sem algum deles ser um exímio finalizador, vão repartindo os golos. A equipa ataca melhor e alguns activos são valorizados.
A possibilidade de perder Djaló antes da época começar é que pode ser um erro tremendo, mesmo acreditando que Salomão, Izmailov e Vukcevik (supondo que Valdés jogará na outra ala) podem ser boas soluções para as alas, não me parece que nenhum deles tenha a capacidade para desequilibrar que Djaló tem.
Obviamente que não acredito que a melhor solução para os casos de "Síndrome de Henry" seja vender o jogador, principalmente nos casos em que é pouco provável que seja feito um bom encaixe com a sua venda. A solução passa por encontrar um sistema alternativo, com outros jogadores que permitam a inclusão do jogador que provocou a "dependência" noutro momento (seja outro momento de jogo ou outro momento da época). E aqui parece que o Sporting encontrou uma boa solução. Jogando neste tipo de 4-4-2 (quase 4-2-3-1), pode ter na frente Postiga e Saleiro ou Matias Fernandez e Liédson. Liédson continua a jogar sozinho na frente e Matias joga na sua posição predilecta - "enganche".
Claro está que isto é um exercício puramente teórico, mas veremos durante a época o que acontece ao que parece ser uma boa ideia (se Liédson não voltar a ser titular indiscutível)
Vendo o Sporting sinto o mesmo. Pelo que deu à equipa, Liédson tornou-se mais importante que a equipa e todo o jogo do Sporting se tornou previsível. Anulando Liédson, anulava-se o Sporting.
Nesta pré-época, sem Liédson, Paulo Sérgio recorreu a outros jogadores. Explorou Djaló a extremo, Postiga como segundo avançado e na frente Saleiro. Djaló pode explorar a sua velocidade e técnica, Postiga fica mais livre para fazer o último passe e rematar de longe e Saleiro joga mais solto na frente e tem um jogador ao seu lado que parece entender melhor o seu estilo de jogo (Postiga). Sem algum deles ser um exímio finalizador, vão repartindo os golos. A equipa ataca melhor e alguns activos são valorizados.
A possibilidade de perder Djaló antes da época começar é que pode ser um erro tremendo, mesmo acreditando que Salomão, Izmailov e Vukcevik (supondo que Valdés jogará na outra ala) podem ser boas soluções para as alas, não me parece que nenhum deles tenha a capacidade para desequilibrar que Djaló tem.
Obviamente que não acredito que a melhor solução para os casos de "Síndrome de Henry" seja vender o jogador, principalmente nos casos em que é pouco provável que seja feito um bom encaixe com a sua venda. A solução passa por encontrar um sistema alternativo, com outros jogadores que permitam a inclusão do jogador que provocou a "dependência" noutro momento (seja outro momento de jogo ou outro momento da época). E aqui parece que o Sporting encontrou uma boa solução. Jogando neste tipo de 4-4-2 (quase 4-2-3-1), pode ter na frente Postiga e Saleiro ou Matias Fernandez e Liédson. Liédson continua a jogar sozinho na frente e Matias joga na sua posição predilecta - "enganche".
Claro está que isto é um exercício puramente teórico, mas veremos durante a época o que acontece ao que parece ser uma boa ideia (se Liédson não voltar a ser titular indiscutível)
quinta-feira, 22 de julho de 2010
Europeu Sub-19: Portugal vs Espanha - As bases do bom futebol
Ver esta selecção da Espanha a jogar é uma experiência quase igual a ver a selecção sénior. Os jogadores mudam, mas o estilo de jogo é o mesmo, prova de que está bem definida a identidade do futebol espanhol.
Esse estilo de jogo assenta em 2 pilares importantes: recepção e passe. As bases do bom futebol. Mais que remates fantásticos, fintas impossíveis e carrinhos de última hora, o que serve de alicerce para o bom futebol, são estes dois elementos.
Recepção
A recepção de bola deve ser feita ao primeiro toque, preferencialmente com orientação. Isto é, qualquer bola que nos seja endossada deve ser controlada (/dominada) de maneira a facilitar o próximo movimento, seja ele um passe, remate ou drible.
Passe
Apesar de muitas vezes se insistir no passe curto (em desprezo de passes longos), o que deveria ser prática convencional era um jogador (seja ele defesa, médio ou atacante) ser capaz de executar qualquer tipo de passe dependendo da situação de jogo. Não o ser, implica quebra na fluidez de jogo de uma equipa. Exemplo: se um jogador tem oportunidade de lançar um atacante que fica isolado frente ao guarda-redes, só o faz se tiver confiança para fazer esse passe. Confiança essa que é ganha com a prática (/treino). Se não tomar essa opção, provavelmente vai ser obrigado a fazer um passe curto para outro jogador e até pode ser obrigado a jogar para trás (não que isso seja mau em todos os casos, mas neste, tendo em conta as possibilidades, seria).
PS:
De notar que se neste grupo de jogadores, já temos uns quantos acima da média, casos de Canales, Pacheco e Alcântara, por exemplo, não é menos verdade que há outros jogadores de topo com idade muito próxima (que penso que não podiam participar neste evento), como são os casos de David De Gea, Bojan Krkic e Fran Mérida. Todos estes jogadores deverão fazer parte do futuro (que se prevê muito bom) do futebol espanhol.
Esse estilo de jogo assenta em 2 pilares importantes: recepção e passe. As bases do bom futebol. Mais que remates fantásticos, fintas impossíveis e carrinhos de última hora, o que serve de alicerce para o bom futebol, são estes dois elementos.
Recepção
A recepção de bola deve ser feita ao primeiro toque, preferencialmente com orientação. Isto é, qualquer bola que nos seja endossada deve ser controlada (/dominada) de maneira a facilitar o próximo movimento, seja ele um passe, remate ou drible.
Passe
Apesar de muitas vezes se insistir no passe curto (em desprezo de passes longos), o que deveria ser prática convencional era um jogador (seja ele defesa, médio ou atacante) ser capaz de executar qualquer tipo de passe dependendo da situação de jogo. Não o ser, implica quebra na fluidez de jogo de uma equipa. Exemplo: se um jogador tem oportunidade de lançar um atacante que fica isolado frente ao guarda-redes, só o faz se tiver confiança para fazer esse passe. Confiança essa que é ganha com a prática (/treino). Se não tomar essa opção, provavelmente vai ser obrigado a fazer um passe curto para outro jogador e até pode ser obrigado a jogar para trás (não que isso seja mau em todos os casos, mas neste, tendo em conta as possibilidades, seria).
PS:
De notar que se neste grupo de jogadores, já temos uns quantos acima da média, casos de Canales, Pacheco e Alcântara, por exemplo, não é menos verdade que há outros jogadores de topo com idade muito próxima (que penso que não podiam participar neste evento), como são os casos de David De Gea, Bojan Krkic e Fran Mérida. Todos estes jogadores deverão fazer parte do futuro (que se prevê muito bom) do futebol espanhol.
sábado, 10 de julho de 2010
Renovação da Selecção Pós-Mundial
É fácil de prever que alguns dos jogadores que participaram neste Mundial não mais voltem a jogar pelas suas selecções nacionais. Nalguns casos foram os próprios a tomarem essa decisão, noutros será uma decisão tomada pelo seleccionador.
Observando a nossa Selecção e a idade actual de alguns jogadores é evidente reparar que na altura do próximo Euro alguns poderão já não ter a forma física necessária e obviamente que algumas das suas qualidades já não serão tão "interessantes" (se pensarmos no Mundial de 2014, então ainda se torna mais evidente).
Estes foram os convocados para o Mundial 2010 (à frente do nome segue a idade actual):
GR:
Eduardo - 27
Beto - 28
Daniel Fernandes - 26
Jogadores de Campo:
Paulo Ferreira - 31
Miguel -30
Duda -30
Fábio Coentrão -22
Ricardo Carvalho - 32
Bruno Alves - 28
Ricardo Costa - 29
Pepe -27
Rolando - 24
Tiago - 29
Raúl Meireles - 27
Miguel Veloso - 24
Deco - 32
Rúben Amorim - 25
Pedro Mendes - 31
Cristiano Ronaldo - 25
Danny - 26
Simão - 30
Hugo Almeida - 26
Liédson - 32
Se juntarmos 2 anos (pensando no Euro), temos 11 jogadores com menos de 30 e apenas 3 destes terão 26 ou menos. Estes 11 em princípio serão a base para a equipa que estará no Mundial (não estarão necessariamente todos nesse Mundial). São eles:
Eduardo, D. Fernandes, Coentrão, Pepe, Rolando, Meireles, Miguel Veloso, Rúben Amorim, Cristiano Ronaldo, Danny e Hugo Almeida.
Daqui a 2 anos 8 jogadores terão mais que 31 anos: Paulo Ferreira, Miguel, Duda, Ricardo Carvalho, Deco, Pedro Mendes, Simão e Liédson.
Excluindo estes e partindo dos 11 que mencionei antes temos: (fazendo as contas a 3 GR e 2 jogadores por posição em 4-3-3, por ser a táctica normalmente usada pela selecção)
GR: Eduardo, D. Fernandes, +1
DD: +2
DE: Fábio Coentrão, +1
DC: Rolando, +3
MD: Pepe, Rúben Amorim
MC: Meireles, Miguel Veloso, +2
EX: Ronaldo, Danny, +2
PL: Hugo Almeida, +1
Quem pode preencher estes espaços? Partindo dos mesmos princípios, elaborei uma pequena lista que me parece ter alguns dos principais jogadores a ter em conta:
GR: Beto, Rui Patrício
DD: Bosingwa, João Pereira
DE: Emídio Rafael, Sílvio
DC: Bruno Alves, Ricardo Costa, Carriço, Fábio Faria, Sereno, Miguel Vítor
MC: Tiago, João Moutinho, Carlos Martins, Manuel Fernandes, Rúben Micael, Hugo Viana, Paulo Machado
EX: Nani, Ukra, Varela, Quaresma, Djaló, Vieirinha
PL: Orlando Sá, Yazalde, João Silva
Mais uma vez se nota que maior falta de opções reside em 3 posições:
Guarda-Redes, Defesa Esquerdo e Ponta-de-Lança
Tendo em conta o historial e as qualidades de cada jogador apontava como base da selecção para o Euro:
GR: Eduardo, Rui Patrício e Daniel Fernandes/Beto
DD: Bosingwa e João Pereira
DE: Fábio Coentrão e Emídio Rafael/Fábio Faria
DC: Bruno Alves, Rolando, Carriço e Sereno/Fábio Faria
MD: Pepe e Rúben Amorim
MC: Miguel Veloso, Raúl Meireles, Manuel Fernandes/Tiago/João Moutinho/Rúben Micael (2 dos últimos 4)
EX: Ronaldo, Nani, Varela e Ukra/Djaló/Quaresma
PL: Hugo Almeida e Orlando Sá
Na baliza, tendo em conta que Daniel Fernandes não parece ser uma solução de longo prazo, a aposta em Beto mesmo que como terceira opção não parece descabida.
Como lateral esquerdo Fábio Faria pode ganhar pela polivalência que oferece.
A central, pode haver algumas dúvidas, nomeadamente na convocatória de Ricardo Carvalho. Apesar de a idade o deixar mais próximo do lado de fora, a experiência pode garantir-lhe um lugar na selecção, mesmo que não seja uma das primeiras opções para o lugar. Não me parece que Ricardo Costa possa voltar a entrar nas contas.
Quanto ao meio-campo, mais que uma questão de qualidade pode ser uma questão de estilo de jogo e/ou "química" entre jogadores: Veloso, Moutinho e Manuel Fernandes já jogaram muitas vezes juntos, Rúben Micael e Meireles jogaram 6 meses juntos, Micael e Moutinho em princípio jogarão esta época juntos (não conto Meireles, por ser muito provável a sua saída).
Excluí o Danny, porque não me parece (como já referi em posts anteriores) que seja um extremo. Vejo-o como um médio ofensivo ou um segundo avançado. Na escolha entre Ukra, Quaresma e Djaló pode ter muita influência o ritmo competitivo. É expectável que Quaresma seja titular no Besiktas, já Ukra deverá ser suplente no Porto e há rumores de uma possível transferência de Djaló (em qualquer situação é difícil de prever se será titular ou não)
Observando a nossa Selecção e a idade actual de alguns jogadores é evidente reparar que na altura do próximo Euro alguns poderão já não ter a forma física necessária e obviamente que algumas das suas qualidades já não serão tão "interessantes" (se pensarmos no Mundial de 2014, então ainda se torna mais evidente).
Estes foram os convocados para o Mundial 2010 (à frente do nome segue a idade actual):
GR:
Eduardo - 27
Beto - 28
Daniel Fernandes - 26
Jogadores de Campo:
Paulo Ferreira - 31
Miguel -30
Duda -30
Fábio Coentrão -22
Ricardo Carvalho - 32
Bruno Alves - 28
Ricardo Costa - 29
Pepe -27
Rolando - 24
Tiago - 29
Raúl Meireles - 27
Miguel Veloso - 24
Deco - 32
Rúben Amorim - 25
Pedro Mendes - 31
Cristiano Ronaldo - 25
Danny - 26
Simão - 30
Hugo Almeida - 26
Liédson - 32
Se juntarmos 2 anos (pensando no Euro), temos 11 jogadores com menos de 30 e apenas 3 destes terão 26 ou menos. Estes 11 em princípio serão a base para a equipa que estará no Mundial (não estarão necessariamente todos nesse Mundial). São eles:
Eduardo, D. Fernandes, Coentrão, Pepe, Rolando, Meireles, Miguel Veloso, Rúben Amorim, Cristiano Ronaldo, Danny e Hugo Almeida.
Daqui a 2 anos 8 jogadores terão mais que 31 anos: Paulo Ferreira, Miguel, Duda, Ricardo Carvalho, Deco, Pedro Mendes, Simão e Liédson.
Excluindo estes e partindo dos 11 que mencionei antes temos: (fazendo as contas a 3 GR e 2 jogadores por posição em 4-3-3, por ser a táctica normalmente usada pela selecção)
GR: Eduardo, D. Fernandes, +1
DD: +2
DE: Fábio Coentrão, +1
DC: Rolando, +3
MD: Pepe, Rúben Amorim
MC: Meireles, Miguel Veloso, +2
EX: Ronaldo, Danny, +2
PL: Hugo Almeida, +1
Quem pode preencher estes espaços? Partindo dos mesmos princípios, elaborei uma pequena lista que me parece ter alguns dos principais jogadores a ter em conta:
GR: Beto, Rui Patrício
DD: Bosingwa, João Pereira
DE: Emídio Rafael, Sílvio
DC: Bruno Alves, Ricardo Costa, Carriço, Fábio Faria, Sereno, Miguel Vítor
MC: Tiago, João Moutinho, Carlos Martins, Manuel Fernandes, Rúben Micael, Hugo Viana, Paulo Machado
EX: Nani, Ukra, Varela, Quaresma, Djaló, Vieirinha
PL: Orlando Sá, Yazalde, João Silva
Mais uma vez se nota que maior falta de opções reside em 3 posições:
Guarda-Redes, Defesa Esquerdo e Ponta-de-Lança
Tendo em conta o historial e as qualidades de cada jogador apontava como base da selecção para o Euro:
GR: Eduardo, Rui Patrício e Daniel Fernandes/Beto
DD: Bosingwa e João Pereira
DE: Fábio Coentrão e Emídio Rafael/Fábio Faria
DC: Bruno Alves, Rolando, Carriço e Sereno/Fábio Faria
MD: Pepe e Rúben Amorim
MC: Miguel Veloso, Raúl Meireles, Manuel Fernandes/Tiago/João Moutinho/Rúben Micael (2 dos últimos 4)
EX: Ronaldo, Nani, Varela e Ukra/Djaló/Quaresma
PL: Hugo Almeida e Orlando Sá
Na baliza, tendo em conta que Daniel Fernandes não parece ser uma solução de longo prazo, a aposta em Beto mesmo que como terceira opção não parece descabida.
Como lateral esquerdo Fábio Faria pode ganhar pela polivalência que oferece.
A central, pode haver algumas dúvidas, nomeadamente na convocatória de Ricardo Carvalho. Apesar de a idade o deixar mais próximo do lado de fora, a experiência pode garantir-lhe um lugar na selecção, mesmo que não seja uma das primeiras opções para o lugar. Não me parece que Ricardo Costa possa voltar a entrar nas contas.
Quanto ao meio-campo, mais que uma questão de qualidade pode ser uma questão de estilo de jogo e/ou "química" entre jogadores: Veloso, Moutinho e Manuel Fernandes já jogaram muitas vezes juntos, Rúben Micael e Meireles jogaram 6 meses juntos, Micael e Moutinho em princípio jogarão esta época juntos (não conto Meireles, por ser muito provável a sua saída).
Excluí o Danny, porque não me parece (como já referi em posts anteriores) que seja um extremo. Vejo-o como um médio ofensivo ou um segundo avançado. Na escolha entre Ukra, Quaresma e Djaló pode ter muita influência o ritmo competitivo. É expectável que Quaresma seja titular no Besiktas, já Ukra deverá ser suplente no Porto e há rumores de uma possível transferência de Djaló (em qualquer situação é difícil de prever se será titular ou não)
sexta-feira, 9 de julho de 2010
Mundial 2010: Espanha vs Alemanha - Puyol
A selecção espanhola controla o jogo, joga onde mais gosta, troca a bola como sabe, mas falta melhor entendimento no último quarto de terreno para chegar ao golo. Continua no jogo de paciência que o Barça nos habituou, agora com a ajuda de Xabi Alonso e da sua nova contratação, Villa. Mas o golo tarda.
O jogo da Espanha, tal como o do Barça, é de domínio técnico e táctico. Posicionamento (/movimentação sem bola), recepção, passe, criatividade e visão de jogo são as principais qualidades que os seus intérpretes devem possuir.
Porém, contra esta Alemanha, isto não chega. É então que surge Puyol. Quando o jogo parece não ter dimensão física além do esforço dos adversários para conseguirem fechar os caminhos para a sua baliza nem dimensão psicológica além da paciência dos médios espanhóis, aparece Puyol a mostrar que paixão e raça também fazem parte deste jogo. Parece que qualquer lance pode decidir um jogo e Puyol está lá para acabar com ele. Há um lance que mostra a sua essência. Confusão na área espanhola, Puyol cai e quase no mesmo instante levanta-se porque a bola ainda está perto.
O golo foi um bónus que deu o jogo à Espanha. Foi um momento de contraste. Quem o marca é quem menos personifica o estilo de jogo da equipa. Técnica vs Raça. Arte vs Paixão.
Marca sendo mais inteligente que os adversários. Quem diria que Espanha conseguia marcar um golo à Alemanha de canto? Ainda por cima não vindo de Busquets (1,89 m) ou Piqué (1,92), os únicos que conseguem lutar com a altura dos alemães Neuer (1,93), Mertesacker (1,98), Boateng (1,92), Friedrich (1,85) e Khedira (1,89)! Inteligência vs Força (ele próprio personifica mais a força que a inteligência, mas neste caso foi o contrário).
sexta-feira, 2 de julho de 2010
Mundial 2010: Holanda vs Brasil - Robben e Sneijder
São as 2 faces da vitória da Laranja Mecânica sobre a Canarinha.
Sneijder
O cérebro da equipa, por ele passa todo o jogo da equipa. Além disso, marcou um dos golos (quase que se podia atribuir o primeiro a ele)
Momentos:
Minuto 53: Na marcação de um livre, Sneijder toca curto para Robben, este devolve e Sneijder cruza tenso para a área. Falta de comunicação entre Felipe Melo e Júlio César dá o golo do empate à selecção holandesa.
Minuto 68: Canto da esquerda, Heitinga desvia ligeiramente ao primeiro poste e Sneijder emenda para golo.
Minuto 84: Numa jogada confusa na área brasileira, a bola sobra para Sneijder que podia ter acabado o jogo, mas remata para defesa de Júlio César.
Robben
Bola nos pés dele é sinal de perigo. Michel Bastos que o diga!
Momentos:
Minuto 37: Á terceira falta de Michel Bastos sobre Robben, o árbitro mostra-lhe o amarelo.
Minuto 53: Sofre a falta que origina o golo do empate.
Minuto 62: Dunga percebe que o cartão vermelho de Michel Bastos pode chegar a qualquer momento devido à sua incapacidade para travar Robben sem ser em falta e subsitui o ala por Gilberto.
Minuto 68: Robben marca o canto que dá o segundo golo à equipa holandesa.
Minuto 73: Felipe Melo é expulso por pisar Robben.
Obviamente que as exibições não se resumem a alguns momentos, mas estes foram os que mais marcaram as exibições individuais e provavelmente as que mais influenciaram o resultado.
terça-feira, 29 de junho de 2010
Mundial 2010: Portugal vs Espanha
Um jogo muito táctico com um vencedor a mostrar mais uma vez porque é uma das melhores selecções do mundo.
Os primeiros minutos foram difíceis para Portugal com a Espanha a entrar muito forte. Porém, assim que começámos a pressionar Piqué, Xabi Alonso, Xavi e Iniesta a selecção espanhola teve muitas dificuldades em sair a jogar no futebol rendilhado próprio da Roja e do Barcelona de Guardiola. Foi a melhor fase da nossa selecção. Espanha não conseguia criar perigo e as arrancadas de Ceontrão apoiadas por Meireles e Tiago permitiam chegar junto à baliza de Casillas com perigo.
A segunda parte começou como acabou a primeira: Portugal concentrada e a enervar a selecção espanhola. Depois, o momento da controvérsia. Hugo Almeida que estava a fazer um grande jogo (pressão nos centrais, principalmente Piqué e a segurar a bola) sai para dar lugar a Danny. Aos poucos nota-se que a defesa começa a falhar (estranhamente diga-se, porque Danny estava a fazer a mesma posição que fez contra o Brasil) e aparece o golo da Espanha. A conjugação de pequenos erros leva a um erro enorme da defesa. Villa faz a diagonal, Ricardo Costa acompanha, mas quando a bola aparece na zona (na posse de Iniesta), Villa afasta-se do centro e procura espaço. Ricardo Costa devia tê-lo seguido. Não o fez. Ficou no meio a pressionar atraído pela bola e pela presença de Xavi. Simão, que estava um pouco mais adiantado ainda tenta recuperar a posição mas é evidentemente tarde. Remate de Villa, Eduardo consegue defender. Á segunda, El Guaje não perdoa. Está feito o golo.
Agora era tempo para Portugal sair para o ataque. Coisa que ainda não tinha feito neste Mundial (excepto no jogo contra a Coreia do Norte). E não o conseguiu fazer... Danny é praticamente inofensivo nas alas, Liedson é inofensivo a jogar em 4-3-3, Ronaldo estava em dia não (e a amuar...), Meireles e Tiago já estavam esgotados com o trabalho defensivo, Coentrão já não tinha a mesma capacidade (/fulgor) para desequilibrar e o resto da equipa não era talhada para o ataque. Para dificultar mais a situação, a Espanha passou a conseguir fazer o tiki-taka, que lhes dava a posse de bola. Por isso, a partir do golo sofrido, o jogo estava praticamente acabado. Só um lance de bola parada ou inspiração individual podia mudar o rumo do jogo.
Resumindo, o maior defeito de Queiroz são as substituições. Se a escolha de Ricardo Costa é explicável (ao estilo do que fez contra o Brasil, o objectivo era defender um extremo que pensa como ponta-de-lança, por isso, joga com um lateral que pensa como central), as substituições são quase inexplicáveis para quem sabe tanto de futebol. Danny não trouxe nada de novo ao jogo e retirou de jogo alguém que estava a ter uma influência positiva e Pedro Mendes seria uma das minhas últimas opções numa altura em que era preciso pressionar mais alto e jogar mais perto da área espanhola. Claramente as minhas opções seriam Deco ou Miguel Veloso/Duda. Meireles e Tiago continuavam a jogar em linha com Deco à frente deles ou Miguel Veloso/Duda para jogar a lateral e subir Coentrão para extremo com Danny perto de Liedson, como um enganche. Obviamente que não contesto a entrada de Liedson. Afinal, era o único ponta-de-lança que restava.
Notas Positivas:
Eduardo - Fantástico! Muito provavelmente o melhor guarda-redes do Mundial.
Fábio Coentrão - mais um grande jogo. imbatível na defesa e perigoso no ataque é o que se procura num bom lateral e foi isso que Coentrão ofereceu ao jogo.
Carvalho e Bruno Alves - Muita segurança deram à equipa com uma exibição quase sem falhas.
Meireles e Tiago - Entendem-se bem nos principais momentos do jogo: ataque, defesa e transições.
Notas Negativas:
Cristiano Ronaldo - Dizia eu no último texto que se começava a afirmar como capitão e jogador de equipa. Parece que me enganei... Atitudes de miúdo mimado não lhe ficam nada bem.
Deco - Mais declarações polémicas. Era desnecessário.
Os primeiros minutos foram difíceis para Portugal com a Espanha a entrar muito forte. Porém, assim que começámos a pressionar Piqué, Xabi Alonso, Xavi e Iniesta a selecção espanhola teve muitas dificuldades em sair a jogar no futebol rendilhado próprio da Roja e do Barcelona de Guardiola. Foi a melhor fase da nossa selecção. Espanha não conseguia criar perigo e as arrancadas de Ceontrão apoiadas por Meireles e Tiago permitiam chegar junto à baliza de Casillas com perigo.
A segunda parte começou como acabou a primeira: Portugal concentrada e a enervar a selecção espanhola. Depois, o momento da controvérsia. Hugo Almeida que estava a fazer um grande jogo (pressão nos centrais, principalmente Piqué e a segurar a bola) sai para dar lugar a Danny. Aos poucos nota-se que a defesa começa a falhar (estranhamente diga-se, porque Danny estava a fazer a mesma posição que fez contra o Brasil) e aparece o golo da Espanha. A conjugação de pequenos erros leva a um erro enorme da defesa. Villa faz a diagonal, Ricardo Costa acompanha, mas quando a bola aparece na zona (na posse de Iniesta), Villa afasta-se do centro e procura espaço. Ricardo Costa devia tê-lo seguido. Não o fez. Ficou no meio a pressionar atraído pela bola e pela presença de Xavi. Simão, que estava um pouco mais adiantado ainda tenta recuperar a posição mas é evidentemente tarde. Remate de Villa, Eduardo consegue defender. Á segunda, El Guaje não perdoa. Está feito o golo.
Agora era tempo para Portugal sair para o ataque. Coisa que ainda não tinha feito neste Mundial (excepto no jogo contra a Coreia do Norte). E não o conseguiu fazer... Danny é praticamente inofensivo nas alas, Liedson é inofensivo a jogar em 4-3-3, Ronaldo estava em dia não (e a amuar...), Meireles e Tiago já estavam esgotados com o trabalho defensivo, Coentrão já não tinha a mesma capacidade (/fulgor) para desequilibrar e o resto da equipa não era talhada para o ataque. Para dificultar mais a situação, a Espanha passou a conseguir fazer o tiki-taka, que lhes dava a posse de bola. Por isso, a partir do golo sofrido, o jogo estava praticamente acabado. Só um lance de bola parada ou inspiração individual podia mudar o rumo do jogo.
Resumindo, o maior defeito de Queiroz são as substituições. Se a escolha de Ricardo Costa é explicável (ao estilo do que fez contra o Brasil, o objectivo era defender um extremo que pensa como ponta-de-lança, por isso, joga com um lateral que pensa como central), as substituições são quase inexplicáveis para quem sabe tanto de futebol. Danny não trouxe nada de novo ao jogo e retirou de jogo alguém que estava a ter uma influência positiva e Pedro Mendes seria uma das minhas últimas opções numa altura em que era preciso pressionar mais alto e jogar mais perto da área espanhola. Claramente as minhas opções seriam Deco ou Miguel Veloso/Duda. Meireles e Tiago continuavam a jogar em linha com Deco à frente deles ou Miguel Veloso/Duda para jogar a lateral e subir Coentrão para extremo com Danny perto de Liedson, como um enganche. Obviamente que não contesto a entrada de Liedson. Afinal, era o único ponta-de-lança que restava.
Notas Positivas:
Eduardo - Fantástico! Muito provavelmente o melhor guarda-redes do Mundial.
Fábio Coentrão - mais um grande jogo. imbatível na defesa e perigoso no ataque é o que se procura num bom lateral e foi isso que Coentrão ofereceu ao jogo.
Carvalho e Bruno Alves - Muita segurança deram à equipa com uma exibição quase sem falhas.
Meireles e Tiago - Entendem-se bem nos principais momentos do jogo: ataque, defesa e transições.
Notas Negativas:
Cristiano Ronaldo - Dizia eu no último texto que se começava a afirmar como capitão e jogador de equipa. Parece que me enganei... Atitudes de miúdo mimado não lhe ficam nada bem.
Deco - Mais declarações polémicas. Era desnecessário.
sexta-feira, 25 de junho de 2010
Mundial 2010: Portugal vs Brasil
Portugal está a surpreender defensivamente. Ainda não sofremos nenhum golo e não se pode dizer que o Brasil não tentou. Quando entrou o Pedro Mendes, ficou uma linha de 5 perfeita. Era raro alguém se "desposicionar". Com um meio campo a fechar assim e próximo da linha dos defesas, os jogadores brasileiros não tinham espaço para entrar em diagonais, nem para o passe curto. Assim que saía o primeiro passe da tabelinha (movimento muito procurado principalmente pelos atacantes brasileiros), 2 ou 3 jogadores portugueses já estavam a fazer pressão na bola. Isto obrigou o Brasil a trocar a bola na linha de meio campo, que deixou Dunga à beira de um ataque de nervos.
Quanto ao ataque, pareceu-me que o Queiroz queria jogar como o Uruguai nos 2 últimos jogos: Ronaldo a fazer o trabalho do Forlán (quando não tem posse é PL, quando a equipa tem a bola é "trequartista"/"enganche"), Duda e Danny a fazer o trabalho de Suarez e Cavani, mas como estavam sempre longe de Ronaldo era muito difícil dar-lhe apoio e a equipa ficava muito partida. Na 2a parte alterou um bocado e pareceu-me que o Ronaldo tinha ordens para sair mais pelas alas e não tanto pelo meio. Depois, a troca do Simão pelo Duda só pecou por tardia. Na minha opinião, para atacar melhor é preciso apostar no Hugo Almeida. Deixá-lo jogar fixo no meio, de costas para a baliza, só a receber e tocar para entradas dos extremos e médios.
Notas Positivas:
Cristiano Ronaldo - cada vez mais joga para a equipa e se assume como capitão.
Fábio Coentrão - não se esperava tanto de um jogador que há um ano era um extremo que se perdia em fintas.
Eduardo - muita segurança e zero golos sofridos (não só mas também à conta dele).
Meireles - tal como escrevi no meu último texto, quanto mais próximo da área mais perigoso. hoje esteve um pouco mais longe, mas não deixou de ser uma peça fulcral nas transições.
Notas Negativas:
Ricardo Costa - entendo a titularidade dele para fazer frente às diagonais do Nilmar, mas estranhamente perdeu-se completamente no lugar onde se devia dar melhor, no centro.
Pepe - é notória a falta de ritmo e pode-se questionar se terá sido boa ideia trazê-lo para uma competição tão curta e exigente.
Duda - serve para tapar o buraco a lateral, mas não tem a mesma qualidade de outros extremos.
Danny - jogar a extremo sem o ser, pode levar a resultados menos conseguidos. quando podia sair pelo meio parecia mais perigoso, mas foram tão poucas as oportunidades que o que fica de bom da exibição é somente o trabalho defensivo. é uma nota negativa não tanto para Danny, mas para a insistência em fazer dele o que não é.
Já agora, 4M pelo Eduardo é uma pechincha! É capaz de ser um dos melhores negócios na razão qualidade/preço.
Quanto ao ataque, pareceu-me que o Queiroz queria jogar como o Uruguai nos 2 últimos jogos: Ronaldo a fazer o trabalho do Forlán (quando não tem posse é PL, quando a equipa tem a bola é "trequartista"/"enganche"), Duda e Danny a fazer o trabalho de Suarez e Cavani, mas como estavam sempre longe de Ronaldo era muito difícil dar-lhe apoio e a equipa ficava muito partida. Na 2a parte alterou um bocado e pareceu-me que o Ronaldo tinha ordens para sair mais pelas alas e não tanto pelo meio. Depois, a troca do Simão pelo Duda só pecou por tardia. Na minha opinião, para atacar melhor é preciso apostar no Hugo Almeida. Deixá-lo jogar fixo no meio, de costas para a baliza, só a receber e tocar para entradas dos extremos e médios.
Notas Positivas:
Cristiano Ronaldo - cada vez mais joga para a equipa e se assume como capitão.
Fábio Coentrão - não se esperava tanto de um jogador que há um ano era um extremo que se perdia em fintas.
Eduardo - muita segurança e zero golos sofridos (não só mas também à conta dele).
Meireles - tal como escrevi no meu último texto, quanto mais próximo da área mais perigoso. hoje esteve um pouco mais longe, mas não deixou de ser uma peça fulcral nas transições.
Notas Negativas:
Ricardo Costa - entendo a titularidade dele para fazer frente às diagonais do Nilmar, mas estranhamente perdeu-se completamente no lugar onde se devia dar melhor, no centro.
Pepe - é notória a falta de ritmo e pode-se questionar se terá sido boa ideia trazê-lo para uma competição tão curta e exigente.
Duda - serve para tapar o buraco a lateral, mas não tem a mesma qualidade de outros extremos.
Danny - jogar a extremo sem o ser, pode levar a resultados menos conseguidos. quando podia sair pelo meio parecia mais perigoso, mas foram tão poucas as oportunidades que o que fica de bom da exibição é somente o trabalho defensivo. é uma nota negativa não tanto para Danny, mas para a insistência em fazer dele o que não é.
Já agora, 4M pelo Eduardo é uma pechincha! É capaz de ser um dos melhores negócios na razão qualidade/preço.
segunda-feira, 21 de junho de 2010
Parece, mas não é!
No último texto falei de 2 médios e volto a falar num par. Desta feita, os eleitos são Meireles e Guarín.
Meireles não esteve tão bem ao serviço do Porto, mas ao serviço da selecção tem feito boas exibições. Guarín, com um pé fora do FC do Porto até meio da época, encantou quem se dizia já impossível de encantar e parece determinado a provar o seu valor.
Começando por Guarín. Chegou como médio centro, foi experimentado a médio defensivo, como não satisfez repartiu o tempo entre o banco de suplentes e as reservas. Só conseguia alguns minutos de jogo quando Jesualdo Ferreira alinhava com 4 médios (principalmente contra equipas mais fortes fisicamente). Mas no final desta época, muito depois do grande jogo contra o Chelsea, destacou-se como médio ofensivo. Como ele próprio disse numa entrevista ao jornal OJOGO, tinha mais liberdade e confiança para atacar e podia rematar mais vezes. Sempre de pé quente e com muita técnica, é perigoso quando joga perto da área. Parece um jogador de cariz defensivo (até pelo seu porte)? Parece. Mas não é!
Raúl Meireles
Se Guarín, se destaca pelo seu porte físico, Meireles, destaca-se pela falta dele. É, talvez, o ponto mais fraco do seu jogo. Bom na leitura de jogo, na recuperação, no passe, no posicionamento, mas quando aumenta a intensidade física do jogo, Meireles não consegue manter o nível exibicional. Mas não é isto, que me faz falar dele neste texto, por isso, voltemos ao que interessa. Depois de muitas épocas de grande nível ao serviço do Porto fazendo companhia ao comandante Lucho Gonzalez, viveu, sem ele, uma época quase irreconhecível. No entanto, na selecção é cada vez um jogador mais importante, contando com alguns golos e assistências de elevada importância para as aspirações da selecção de todos nós. O que pode mudar no Porto para Meireles atingir o nível que o distinguiu nos últimos anos ou que o distingue na selecção? Vendo os últimos jogos dele, acho que lhe faz falta estar, tal como Guarín, mais próximo da zona de decisão. Quando tem possibilidade de jogar curto e fazer o último passe, tem muito mais influência no jogo. Este caso, não é tão fulgurante como o de Guarín, até porque já o vimos a jogar bem afastado da área, mas quem sabe se Meireles, também não é um jogador que parece ser mais defensivo do que realmente devia ser.
Meireles não esteve tão bem ao serviço do Porto, mas ao serviço da selecção tem feito boas exibições. Guarín, com um pé fora do FC do Porto até meio da época, encantou quem se dizia já impossível de encantar e parece determinado a provar o seu valor.
Começando por Guarín. Chegou como médio centro, foi experimentado a médio defensivo, como não satisfez repartiu o tempo entre o banco de suplentes e as reservas. Só conseguia alguns minutos de jogo quando Jesualdo Ferreira alinhava com 4 médios (principalmente contra equipas mais fortes fisicamente). Mas no final desta época, muito depois do grande jogo contra o Chelsea, destacou-se como médio ofensivo. Como ele próprio disse numa entrevista ao jornal OJOGO, tinha mais liberdade e confiança para atacar e podia rematar mais vezes. Sempre de pé quente e com muita técnica, é perigoso quando joga perto da área. Parece um jogador de cariz defensivo (até pelo seu porte)? Parece. Mas não é!
Raúl Meireles
Se Guarín, se destaca pelo seu porte físico, Meireles, destaca-se pela falta dele. É, talvez, o ponto mais fraco do seu jogo. Bom na leitura de jogo, na recuperação, no passe, no posicionamento, mas quando aumenta a intensidade física do jogo, Meireles não consegue manter o nível exibicional. Mas não é isto, que me faz falar dele neste texto, por isso, voltemos ao que interessa. Depois de muitas épocas de grande nível ao serviço do Porto fazendo companhia ao comandante Lucho Gonzalez, viveu, sem ele, uma época quase irreconhecível. No entanto, na selecção é cada vez um jogador mais importante, contando com alguns golos e assistências de elevada importância para as aspirações da selecção de todos nós. O que pode mudar no Porto para Meireles atingir o nível que o distinguiu nos últimos anos ou que o distingue na selecção? Vendo os últimos jogos dele, acho que lhe faz falta estar, tal como Guarín, mais próximo da zona de decisão. Quando tem possibilidade de jogar curto e fazer o último passe, tem muito mais influência no jogo. Este caso, não é tão fulgurante como o de Guarín, até porque já o vimos a jogar bem afastado da área, mas quem sabe se Meireles, também não é um jogador que parece ser mais defensivo do que realmente devia ser.
quarta-feira, 16 de junho de 2010
Brasil: Dois Pivots - Quem está errado: Dunga ou os críticos?
Depois de ver o Brasil - Coreia do Norte, houve quem ficasse com a sensação que Felipe Melo e Gilberto Silva estavam a fazer o mesmo trabalho e acabavam por se tornar redundantes, principalmente perante uma equipa que parecia proporcionar tão pouco perigo. Não contrario, acrescento. O que eles faziam era proteger a subida dos laterais. A melhor forma de combater uma equipa que joga em 5-3-2 ou 3-5-2 (só tem 1 jogador em cada ala e fecha muito o meio) é fazer uma sobrecarga das alas, isto é, fazer avançar alguém por essa zona, pois nunca vai ser marcado. Os laterais tinham que cobrir os extremos (no caso, Elano e Robinho) e isso deixava muito espaço para Maicon e Michel Bastos subirem e criarem situações de perigo (grande parte dos remates do Brasil na primeira parte partiram de Michel e Maicon e culminaram no golo de Maicon já na segunda). Mas no caso de haver uma recuperação de bola da Coreia, seria perigoso deixar uma situação de contra-ataque com as alas desprotegidas (obviamente que se pode argumentar que tanto Maicon como Michel Bastos recuperariam a posição antes que os jogadores da Coreia chegassem ao ataque). Daí, Felipe Melo, Gilberto Silva, Lúcio e Juan tivessem que funcionar quase como uma defesa a 4 quando os laterais atacavam.
Então, quem tem razão?
Na minha opinião, tanto Dunga como os críticos têm a sua razão. Parece confuso? Não é.
Se é verdade que há que ter cautelas na defesa, também é verdade que um aumento do risco nunca seria muito elevado, tendo em conta as características e qualidade de jogadores como Josué ou Ramires (e a qualidade da oposição). Por isso, entende-se a preocupação de Dunga em não perder o equilíbrio defensivo e percebe-se que os críticos queiram ver um Brasil mais atacante. Dunga quer ganhar, os críticos querem "joga bonito" e goleadas.
A favor de Dunga, há o facto de aquando da troca de Felipe Melo por Ramires, Ramires ter cometido uma falta que deu origem à jogada de golo da Coreia do Norte. Coincidência ou não, aconteceu.
domingo, 6 de junho de 2010
Atenção a: Júniores 2009/2010
Estando a decorrer a Fase Final do Campeonato de Júniores, aproveitei (graças à TVI24) para ver algumas das promessas nacionais. Aqui ficam os que, para mim, mais se destacaram:
Formato: Nome - Data de Nascimento - Nacionalidade - Posição - Potencial (0-5) - Principal Característica
Porto:
David Bruno - 14/02/92 - Portugal - Defesa Direito - 3.5 - Ataque
Sérgio Oliveira - 02/06/92 - Portugal - Médio Centro - 5 - Passe
Alex - 27/08/91 - Portugal - Extremo - 4 - Criatividade
Christian - 10/01/92 - Gana- Extremo - 3.5 - Velocidade
Sporting:
Cédric Soares - 31/08/91 - Alemanha/Portugal - Defesa Direito - 4.5 - Completo
Nuno Reis - 31/01/91 - Suiça/Portugal - Defesa Central - 4 - Segurança
Luís Almeida (Kikas) - 12/01/91 - Portugal - Médio Defensivo - 4 - Trabalho
Zézinho - 23/09/92 - Guiné-Bissau/Portugal - Médio Centro - 4 - Passe
Renato Santos - 05/10/91 - Extremo - 5 - Técnica/"Flair" (1-vs-1, finta, controlo de bola)
Amido Baldé - 16/05/91 - Guiné-Bissau/Portugal - Ponta-de-Lança - 4 - Capacidade Física
Benfica
Roderick Miranda - 30/03/91 - Portugal - Defesa Central - 5 - Sai a jogar
Danilo Pereira - 09/09/91 - Guiné-Bissau/Portugal - Médio Defensivo - 4 - Posicionamento
Lassana Camará - 29/12/91 - Guiné-Bissau/Portugal - Médio Centro - 4 - Leitura de jogo
Adul - 20/11/91 - Guiné-Bissau/Portugal - Médio Ofensivo - 4.5 - Técnica
Nota: Como não tive oportunidade de ver o Vitória SC, não vou falar dos seus jogadores.
Formato: Nome - Data de Nascimento - Nacionalidade - Posição - Potencial (0-5) - Principal Característica
Porto:
David Bruno - 14/02/92 - Portugal - Defesa Direito - 3.5 - Ataque
Sérgio Oliveira - 02/06/92 - Portugal - Médio Centro - 5 - Passe
Alex - 27/08/91 - Portugal - Extremo - 4 - Criatividade
Christian - 10/01/92 - Gana- Extremo - 3.5 - Velocidade
Sporting:
Cédric Soares - 31/08/91 - Alemanha/Portugal - Defesa Direito - 4.5 - Completo
Nuno Reis - 31/01/91 - Suiça/Portugal - Defesa Central - 4 - Segurança
Luís Almeida (Kikas) - 12/01/91 - Portugal - Médio Defensivo - 4 - Trabalho
Zézinho - 23/09/92 - Guiné-Bissau/Portugal - Médio Centro - 4 - Passe
Renato Santos - 05/10/91 - Extremo - 5 - Técnica/"Flair" (1-vs-1, finta, controlo de bola)
Amido Baldé - 16/05/91 - Guiné-Bissau/Portugal - Ponta-de-Lança - 4 - Capacidade Física
Benfica
Roderick Miranda - 30/03/91 - Portugal - Defesa Central - 5 - Sai a jogar
Danilo Pereira - 09/09/91 - Guiné-Bissau/Portugal - Médio Defensivo - 4 - Posicionamento
Lassana Camará - 29/12/91 - Guiné-Bissau/Portugal - Médio Centro - 4 - Leitura de jogo
Adul - 20/11/91 - Guiné-Bissau/Portugal - Médio Ofensivo - 4.5 - Técnica
Nota: Como não tive oportunidade de ver o Vitória SC, não vou falar dos seus jogadores.
sábado, 5 de junho de 2010
Mundial 2010: Atenção a Sotiris Ninis (Grécia)
Nome: Sotiris Ninis
Data de Nascimento: 03.04.1990
Posição: Extremo / Médio Ofensivo
Nacionalidade: Grécia
Clube Actual: Panathinaikos
Nascido na Albânia mas de descendência grega, é há algum tempo considerado uma das maiores promessas do futebol europeu. Junta-lhe a esse epíteto, alguns factos: mais jovem jogador a disputar um jogo pela selecção, a marcar um golo pela mesma e a ser escolhido para capitão do Pana, tendo sido o segundo jogador mais jovem a estrear-se pelo Panathinaikos com 16 anos. Actualmente é titular da equipa contando com 46 jogos na Liga nas duas últimas épocas. Com a sua técnica, velocidade e visão de jogo, não tardará a ser contratado por uma equipa maior.
quinta-feira, 3 de junho de 2010
Mundial 2010: Atenção a Chinedu Obasi (Nigéria)
Nome: Chinedu Obasi
Data de Nascimento: 01.06.1986
Posição: Avançado
Nacionalidade: Nigéria
Clube Actual: TSG Hoffenheim
Ex-companheiro de equipa de Obi Mikel no Lyn da Noruega, joga agora no campeonato alemão pelo Hoffenheim onde foi o segundo melhor marcador com 7 golos (em 23 jogos) atrás do bósnio Ibisevic. Joga em toda a frente de ataque (principalmente nas alas), destacando-se pela velocidade, remate e técnica. Aos 24 anos, é um jogador habitual nas convocatórias da sua selecção (24 internacionalizações), sendo já um dos melhores do seu país. A não ser que mude de equipa, ainda não será este ano que se estreará nas competições europeias, mas certamente que já haverá muitas equipas participantes a quererem contar com ele.
quarta-feira, 2 de junho de 2010
Mundial 2010: Atenção a Nicolás Lodeiro (Uruguai)
Nome: Nicolás Lodeiro
Data de Nascimento: 21.02.1989
Posição: Médio Ofensivo / Extremo
Nacionalidade: Uruguai
Clube Actual: Ajax
Não deve ter lugar no onze da sua selecção, nem lá está para isso. Porém, se tiver hipóteses de jogar, certamente que vai mostrar que é um jogador com muito potencial. Saiu a meio da época do Nacional de Montevideu para o Ajax por uma verba a rondar os 4M, onde vive agora à espera de oportunidades, tanto no clube como na selecção. Resta esperar para ver o seu melhor futebol em acção na Europa.
terça-feira, 1 de junho de 2010
Mundial 2010: Atenção a Efraín Juárez (México)
Nome: Efraín Juárez
Data de Nascimento: 22.02.1988
Posição: Lateral / Médio Centro
Nacionalidade: México
Clube Actual: UNAM Pumas
Falando de jogadores que se podem destacar no Mundial pela selecção mexicana, podia ter escolhido Javier Hernández, a nova coqueluche do Manchester United, mas estando já contratado por uma equipa de topo, preferi um jogador mais desconhecido. O escolhido foi: Efraín Juárez. Lateral direito do Pumas, tem também jogado como médio centro na selecção. Muito bom tacticamente e de bom nível técnico (principalmente a nível do passe), assume-se como uma das maiores promessas do futebol mexicano. Passou pela cantera do Barcelona, mas quando chegou a sénior foi forçado a deixar o clube devido às limitações no número de extra-comunitários impostas pela liga espanhola. Desde que voltou ao seu país, tem-se mostrado uma mais valia e cedo ganhou a titularidade, não mais a largando. Conta agora com 18 internacionalizações (e é quase certo que disputará todos os jogos que a sua selecção faça no Mundial, seja como lateral, médio centro ou ala) e mais de 70 jogos nas 2 últimas épocas pelo seu clube. Pode agora aproveitar a grande montra do Mundial para voltar de vez à Europa.
segunda-feira, 31 de maio de 2010
Mundial 2010: Atenção a Mphela (África do Sul)
Nome: Katlego Abel Mphela
Data de Nascimento: 29.11.1984
Posição: Avançado
Nacionalidade: África do Sul
Clube Actual: Mamelodi Sundowns (África do Sul)
Para além dos nomes mais conhecidos da selecção sul-africana, há a destacar Katlego Mphela. Dono de um remate muito forte e colocado, Mphela ainda joga no seu país natal. Esta época, foi o melhor marcador da Liga com 17 golos em 30 jogos. Com 25 anos e já tendo feito 2 investidas no futebol europeu com pouco sucesso (Estrasburgo e Reims), pode ter aqui a derradeira hipótese para mostrar o seu valor ao Mundo e, quem sabe, voltar à Europa.
Data de Nascimento: 29.11.1984
Posição: Avançado
Nacionalidade: África do Sul
Clube Actual: Mamelodi Sundowns (África do Sul)
Para além dos nomes mais conhecidos da selecção sul-africana, há a destacar Katlego Mphela. Dono de um remate muito forte e colocado, Mphela ainda joga no seu país natal. Esta época, foi o melhor marcador da Liga com 17 golos em 30 jogos. Com 25 anos e já tendo feito 2 investidas no futebol europeu com pouco sucesso (Estrasburgo e Reims), pode ter aqui a derradeira hipótese para mostrar o seu valor ao Mundo e, quem sabe, voltar à Europa.
sábado, 29 de maio de 2010
Laterais Sul-Americanos: Crescente liberdade de movimentos é fruto da necessidade de criar novas dificuldades ou exploração de uma qualidade "inata"?
Fascinam-me os laterais que fazem a ala toda durante os 90 minutos. Vemos isso, principalmente, nos campeonatos sul-americanos. Porém, cada vez mais vemos estes laterais na Europa.
Vendo Maicon e Daniel Alves a jogar, questiono-me: será que fazem posições mais "complexas" (híbrido de defesa e ala) ou simplesmente o futebol europeu entendeu a potencialidade física (técnica e táctica, também obviamente) dos laterais sul-americanos? Isto é, em vez de os restringir à função de defesa que apoia o ataque (como acontece com quase todos os laterais europeus), liberta a ala para que possam fazer os mesmos movimentos pendulares que já faziam nos seus campeonatos, mas integrados em defesas a 4 e em equipas com maiores exigências tácticas.
Analisando os 2 casos:
Maicon
Sobe pela linha, mas a 3/4 do campo tem tendência a fazer diagonais e entrar na área. Tem Eto'o à sua frente que tem 2 funções: quando Maicon vai para o meio (ie, faz a diagonal), é extremo, quando Maicon segue pela linha, Eto'o desvia para o meio e torna-se o apoio para a tabelinha que ajuda Maicon a ganhar a linha para cruzar ou então dirige-se para a área, juntando-se a Milito na procura do golo. Esta época (2009/10) fez 7 golos e 12 assistências (46 jogos) na Série A e Liga dos Campeões (segundo dados do transfermarkt). Nada mau para um defesa, mas... e para um jogador que faz a ala toda?
Daniel Alves
Joga mais encostado à linha lateral que Maicon (por indicação, vocação ou por força dos movimentos interiores de Messi?). Vemos muitas vezes Daniel Alves como extremo quando o Barcelona tem a bola e Messi a jogar mais perto do atacante, quase como segundo ponta ou 10. Fez 3 golos e 13 assistências (40 jogos) na Liga Espanhola e LC. Comparando a Maicon, nota-se a influência das diagonais no número de golos, mas a nível de assistências o número é idêntico (Daniel Alves faz mais assistências em "jogo corrido", Maicon tem algumas a partir de cantos)
Vendo Maicon e Daniel Alves a jogar, questiono-me: será que fazem posições mais "complexas" (híbrido de defesa e ala) ou simplesmente o futebol europeu entendeu a potencialidade física (técnica e táctica, também obviamente) dos laterais sul-americanos? Isto é, em vez de os restringir à função de defesa que apoia o ataque (como acontece com quase todos os laterais europeus), liberta a ala para que possam fazer os mesmos movimentos pendulares que já faziam nos seus campeonatos, mas integrados em defesas a 4 e em equipas com maiores exigências tácticas.
Analisando os 2 casos:
Maicon
Sobe pela linha, mas a 3/4 do campo tem tendência a fazer diagonais e entrar na área. Tem Eto'o à sua frente que tem 2 funções: quando Maicon vai para o meio (ie, faz a diagonal), é extremo, quando Maicon segue pela linha, Eto'o desvia para o meio e torna-se o apoio para a tabelinha que ajuda Maicon a ganhar a linha para cruzar ou então dirige-se para a área, juntando-se a Milito na procura do golo. Esta época (2009/10) fez 7 golos e 12 assistências (46 jogos) na Série A e Liga dos Campeões (segundo dados do transfermarkt). Nada mau para um defesa, mas... e para um jogador que faz a ala toda?
Daniel Alves
Joga mais encostado à linha lateral que Maicon (por indicação, vocação ou por força dos movimentos interiores de Messi?). Vemos muitas vezes Daniel Alves como extremo quando o Barcelona tem a bola e Messi a jogar mais perto do atacante, quase como segundo ponta ou 10. Fez 3 golos e 13 assistências (40 jogos) na Liga Espanhola e LC. Comparando a Maicon, nota-se a influência das diagonais no número de golos, mas a nível de assistências o número é idêntico (Daniel Alves faz mais assistências em "jogo corrido", Maicon tem algumas a partir de cantos)
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Espero escrever por aqui alguns textos sobre futebol e deixar algumas imagens bonitas deste desporto
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